quarta-feira, 9 de maio de 2012

SANGUE DE BARATA




















Cavo, cavo, cavo,
e continuo cavando,
onde estão aquelas ideias
que sempre o povo está procurando?,

olho para o céu,
grandes nuvens de pensamentos,
o pé nessa hora atola
no buraco deste chiqueiro,

cercado em prego e madeira
parece que estamos presos,
opinar agora é desafio
que se tornou um pesadelo,

em quadros pintados
de estruturas humanas
a dor nunca é retratada,
politico também é gente
mas parece ter sangue de barata


chega de sonhar
com essa tal filosofia,
com tristeza ou alegria
vou me deliciar no que ganhei
um suculento prato de comida,

o futuro pertence aos jovens cidadãos,
espero que eles acordem antes mesmo
de dar entrada em seus caixões,

cavo, cavo, cavo
e o cansaço me consome,
virem a mesa agora, senão morreremos de fome.






LEANDRO OCSEMBERG

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