Enquanto observo
o vento de
suas asas,
o sol morre
lentamente em meu olhar,
dias de
inverno na sua presença,
você dança
sorridente no olhar do admirador,
embebecido de
prazer, seu perfume paira no ar,
tão profundo
e perfeito, obcecado de amor
em suas
mãos, uma parte única da dor,
seu espirito
vive na queda das folhas,
e sua voz
surge nas correntezas dos rios,
em seu chão
transparente de raízes vivas,
os arbustos
nascem em um pingo de suas lágrimas,
a vegetação
cobre-me os pés,
do início do
amanhecer ao fim da escuridão,
na queda de
seu sangue
sua criação
se faz do pó ao trigo,
e sua obra
ganha o suspiro do livre arbítrio,
em seus lábios,
uma canção viva,
como um
sopro na poeira, uma muralha nas vistas,
em seu olhar
as nuvens se quebram,
e nós dançávamos
e dançávamos até a aurora,
nas marcas
de nossas caminhadas
o mundo não
caberia em nossas mãos,
até o fim dos
caminhos por entre os bosques de sua compaixão.
LEANDRO OCSEMBERG
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