Vida,
tão encantadora de noite
tão sangrenta de dia,
sobre a luz, sua lástima é ver a dor,
e de noite o arranque do pudor,
ó vida,
por que és assim,
no inicio você me galanteia,
no final me atormenta,
tenha pena de mim,
no nascer da manhã
já é tarde e você me ignora,
antes do sol se esconder
você vem e me devora,
minha alma toda quebrada
e meu sorriso todo pintado,
em carapuça lava-me a cara
e nos pés um chute no alambrado,
olhe para mim vida
e não me borre a tela,
desenho-te com o coração,
e com os pincéis firmes nas mãos
te revivo nas cores da primavera.
LEANDRO OCSEMBERG
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