quarta-feira, 9 de maio de 2012

O BÁRBARO






















Segure-me,

eu irei cair, o tempo é longo e duradouro,
junto do sol que ilumina o caminho,

o brilho reluzente do ouro e a prata estão lá,
como um diamante na mais alta colina,

tricotando uma veste de inverno
sentado as pedras próximas ao linho,

uma senhora diz em tom de ares perdidos,

“se você vale o que tem, então faça valer de si o que te sustenta,
“Por que a espada fere a pele e esparrama seu sangue sobre as flores”,

eis que estas palavras trazem o sentido ao espirito,
mas por tão pouco vereis o sol nascer sobre minha cabeça,

os deuses criam suas leis em beneficio de suas glórias,
e vestem de ouro reluzente suas senhoras,
mas põe a mesa o suor de um bárbaro qualquer,

quando criança sonhava com a felicidade,
e esperava que todo sorriso recuperasse  toda a distração,
e que fizesse toda a pureza em minhas mãos,

mas me tornei um guerreiro
que manipula uma espada encravada no coração,

sou sombra sem luz, mero pensamento invisível,
sou uma peça da carruagem que se vai sem destino.







LEANDRO OCSEMBERG

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