terça-feira, 15 de maio de 2012

CROM - O DEUS DO AÇO





















Sopre-me,

na ventania de seus lábios
a vida faz suspiro em mim,

no brilho do seus olhos
a luz é de minha alma,

a força de meus punhos
é a tempestade que se acalma,

banhado em seu sangue
o chão estremece o medo de meros mortais,
cantando suas preces entre anos de seus ancestrais,

despeje-me,

em suas nuvens de paz e sabedoria
seu reino tem o conforto de uma pluma nas veias,

sua mão tem o poder da morte
que conta as horas em mim,
e me arrasta o corpo sem piedade ou fim,

no frio minha dor é tão real
quanto a lâmina que parte em dois minha coragem,
e corta suavemente minha pele quase sem vida alguma,

erga-me,

entre o seu olhar e a sua espada justiceira,
e meus inimigos temeram sua ira,

e minha morte será apenas o inicio desta guerra
que nos desperta para o sorriso das feridas.




LEANDRO OCSEMBERG

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