quinta-feira, 31 de maio de 2012

AMOR PRÓPRIO



























É um monte de mentiras nas mãos,

outra chance vivida e trocada por ilusão,
o jogo vira a mesa, em peças de quebra cabeças,


eu não minto para ninguém e ao mesmo tempo
todos mentem para mim,

me olhando no espelho,
a imagem só reflete o medo,

é um monte de mentiras nas mãos,
nas mãos de um pobre e velho senhor,
seu cajado é um ponteiro estranho que paira no ar,

você é de pedra,
você é de pedra,

eu não minto para ninguém e ao mesmo tempo
todos mentem para mim,

o jogo vira a mesa e derruba as cadeiras,
e tudo o que me importa é o meu próprio amor,

no centro das atenções,
é um monte de mentiras nas mãos,

nenhum brilho no reflexo está me iludindo,
eu não minto para ninguém e ao mesmo tempo
todos mentem para mim,

o jogo acaba, esvazia a mesa,
e tudo o que me importa é o meu próprio amor.





LEANDRO OCSEMBERG

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