É um monte
de mentiras nas mãos,
outra chance
vivida e trocada por ilusão,
o jogo vira
a mesa, em peças de quebra cabeças,
eu não minto
para ninguém e ao mesmo tempo
todos mentem
para mim,
me olhando
no espelho,
a imagem só
reflete o medo,
é um monte
de mentiras nas mãos,
nas mãos de
um pobre e velho senhor,
seu cajado é
um ponteiro estranho que paira no ar,
você é de
pedra,
você é de
pedra,
eu não minto
para ninguém e ao mesmo tempo
todos mentem
para mim,
o jogo vira
a mesa e derruba as cadeiras,
e tudo o que
me importa é o meu próprio amor,
no centro
das atenções,
é um monte
de mentiras nas mãos,
nenhum
brilho no reflexo está me iludindo,
eu não minto
para ninguém e ao mesmo tempo
todos mentem
para mim,
o jogo
acaba, esvazia a mesa,
e tudo o que
me importa é o meu próprio amor.
LEANDRO
OCSEMBERG