domingo, 17 de junho de 2012

DEPÓSITO DE CRIANÇAS




















Lágrimas destruídas,
o paraíso esta sentindo a minha ausência,

não foi fácil chegar até aqui,
foram dias de guerra, intensa batalha no corpo e na alma,

eles não sabem o meu nome,
eles não sabem que eu estou aqui,
não foi difícil construir este desprezo,

pelas janelas do depósito de crianças
mais um olhar perdido, uma dúvida cruel
e sanguinária de leis cifradas,

são rostos caídos pelo toque do esquecimento
de seus criadores abandonáveis sem caráter algum,

eles não sabem o meu nome,
eles não sabem que eu estou aqui,
não foi difícil construir este desprezo,

construindo um sonho qualquer para qualquer valor,
estamos aprendendo do jeito que eles querem que seja,
estamos sendo criados para obedecer suas ordens
sem questionamento algum em nossas vidas,

abre-se o portão do depósito, mentes vazias da verdade,
seus olhos veem o que lhe foi ordenado, negligência por prazer,
prazer em aprender a sobreviver com míseros trocados,

estamos vivendo sobre suas ordens e seus progressos,
instrumentos de poder e glória entre números de morte,
ferramentas educadas para oferecem mais um mero descaso,

eles não sabem o meu nome, eles não sabem que estou aqui,
uma vida tratada como um objeto na parede
mais um ser humano abandonado.



LEANDRO OCSEMBERG 

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