segunda-feira, 18 de junho de 2012

COVIL DOS LOBOS




















Salve-me,

escute a minha súplica,

enquanto minha pele se rasga
e meu sangue fica pelo caminho,

eles estão me farejando,
eles estão sentido o meu medo,

eu escuto os ossos trincarem entre seus dentes,
quanto mais me canso eles se sentem contentes,

aprisionado em meu próprio asilo
minhas mãos calejadas e meus pés descalços
não são argumentos suficientes para me garantir o alento,

lobos engravatados em seu covil
planejando mais uma ação lucrativa e sanguinária,

suas esposas de sete cabeças em correntes de ouro,
se deliciam com o sacrifício de uma plantação arrecadada,

sou presa de fácil apreensão, enganado como um tolo
no circo de uma nova visão iludida,

sou esmola jogada aos porcos de sua licitação,
sou marionete de números e descasos em suas mãos,

eles estão consumido minha vida em cada por do sol,

lobos engravatados em seu covil,
eles estão se multiplicando por todos os cantos do brasil.



LEANDRO OCSEMBERG

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