Você me
conta aquela velha lenda
onde tudo acaba
bem,
antes da vírgula
onde estávamos mesmos??,
é uma luz
sangrenta e dolorosa sobre as cabeças,
o sol cruza
de ponta a ponta,
onde estávamos
mesmo antes da vírgula?,
mais um
leito cavado,
meu lugar ou
o seu tropeço arquitetado,
você decide
onde é que iremos pousar,
é uma luz
sangrenta dolorosa,
nós iremos
cair destas asas negras,
onde rios
são de sangue, e as dores nascem como as folhas,
elas me cobrão
abrigo e alagam minhas indecisões,
sedutora e hipnótica,
ela é sangrenta e dolorosa,
com seu
cavalo negro se aproxima sem motivo algum,
você decide
onde é que vamos pousar,
onde nós estávamos
antes da vírgula?,
outra vez caído
ao esquecimento,
nós iremos
cair de suas asas ,
você escolhe
onde iremos estar, e quando estar,
é uma luz sangrenta
e dolorosa,
nós iremos
cair de suas asas,
mas antes da
vírgula, onde nós estávamos?,
mais uma vez
voltamos ao inicio da história.
LEANDRO
OCSEMBERG
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