segunda-feira, 11 de abril de 2011

SETE INVERNOS

   















           para o amor da minha vida



Que segredo esta a se revelar em nosso olhar?,
que medo surgiria nas guerras, nos montes altos
onde se busca o alivio para nos confortar,

eu notei um anjo, triste, ferido, desprezado
no caminho ao campo florido onde vive as primaveras,
assim é o olhar dos guerreiros, um coração puro,

as lagrimas são mortais, a dor é real,
no rastro de seu caminho, ele vestiria tudo
o que me assustava, sem eu perceber a garoa entre o sol,

um diabo ri de mim agora por que eu sentei
no rochedo no alto da colina e apenas
observei a morte na guerra entre o céu e o inferno,

o livro da vida esta aberto, e profundamente
não sei quem estará no final do por do sol para
subir a escadaria, e tocar as estrelas,
seu espirito estará comigo, mas seu coração..

eu tive medo, eu chorei,
era um momento único suas mãos estendidas a mim,
mas tão pouco caberia o entender sobre as aguas da vida,

eu brindei uma oração, onde o vento apagou as velas,
luzes da esperança em alcançar o seu vazio,
criar o oceano da paz em teu espirito, não é paz
em teu coração iludido,

por ter sempre o seu brilho que ira apagar
no fim de sete invernos, o perfume deixara
as flores, e a morte será a única recordação a se lembrar,
os anjos também morrem na hora de nos salvar,

meu sangue cobre meu corpo, uma ilusão surge
e uma sinfonia leva minha alma, eu sinto algo
em meus olhos, tão quente, tão vivo,

lentamente minha espada deixa minha mão
eu estou desprotegido, eu a vejo cair suavemente
atravessando o ar e tocar a poeira da guerra,

eu sinto o chão tão próximo,
um solavanco em meu peito, gritos,
a escuridão seria o restante de mim,

e o seu olhar foi o ultimo que vi.





LEANDRO OCSEMBERG.

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