terça-feira, 12 de abril de 2011

DO POETA



















Entre o vento gelado,
eu a olhei imóvel,
por que ela não mais me tocara,

o sol surge frio, tocando a esperança
onde sei que o caminho esta sem razão,

onde vejo o rochedo da tristeza no mar,
no mar da desilusão,

enquanto o sol dava um belo espetáculo ao amanhecer
a maioria da plateia ainda estava ausente,
e eu apenas saberia que suas lágrimas foram ouvidas,

o amor existe, mas não fora de nós onde
a maioria o procuram, e sim, dentro de nós
onde poucos o encontram,

são como as águas de março
fechando o ciclo do verão,

no mar uma lágrima se encontrou com as areias,
assim como o nosso olhar,
tão profundo em um coração carente, é encontrar
a seta dourada do amor, cravada para sempre,

no espinho das rosas, as lágrimas
são uma prova de dor,
e no perfume a fragrância que inspira
o desejo do amor,

todos temos prazeres, para uns, a carne,
para outros, o ouro e a prata, e poucos
sabem que um prazer verdadeiro é apenas
ter o sorriso, o abraço de quem se ama,

o amor constrói nossos sonhos e depois foge de nós,
ele é apenas como uma poesia, triste, ou cheia de alegria
que sem querer prende sem dar um nó,

nas palavras de um sábio poeta,
surgem apenas palavras de sentimentos,
na sua poesia a dor, em seu coração o amor
de quem ele sempre viveu e morreu querendo,

na profecia de um profeta eis que surge uma questão,
aquele que fora crucificado, se entregou por amor,
por que o amor não é uma escolha ou uma decisão,


ele apenas surge como um raio.




LEANDRO OCSEMBERG



EU SEGURO A CANETA E, DEUS SE ENCARREGA DO RESTANTE.

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