Entre o vento
gelado,
eu a
olhei imóvel,
por que
ela não mais me tocara,
o sol surge frio,
tocando a esperança
onde sei que o
caminho esta sem razão,
onde vejo o
rochedo da tristeza no mar,
no mar
da desilusão,
enquanto o sol
dava um belo espetáculo ao amanhecer
a maioria da plateia
ainda estava ausente,
e eu apenas
saberia que suas lágrimas foram ouvidas,
o
amor existe, mas não fora de nós onde
a maioria o
procuram, e sim, dentro de nós
onde poucos o
encontram,
são como
as águas de março
fechando o ciclo
do verão,
no mar uma lágrima
se encontrou com as areias,
assim como o nosso
olhar,
tão profundo em
um coração carente, é encontrar
a seta dourada do
amor, cravada para sempre,
no espinho das
rosas, as lágrimas
são uma prova
de dor,
e no perfume
a fragrância que inspira
o desejo do amor,
todos temos
prazeres, para uns, a carne,
para outros, o
ouro e a prata, e poucos
sabem que um
prazer verdadeiro é apenas
ter o sorriso, o
abraço de quem se ama,
o
amor constrói nossos sonhos e depois foge de nós,
ele é apenas como
uma poesia, triste, ou cheia de alegria
que sem querer
prende sem dar um nó,
nas palavras de
um sábio poeta,
surgem apenas
palavras de sentimentos,
na sua poesia a
dor, em seu coração o amor
de quem ele sempre
viveu e morreu querendo,
na profecia de um
profeta eis que surge uma questão,
aquele que fora
crucificado, se entregou por amor,
por que o
amor não é uma escolha ou uma decisão,
ele apenas surge
como um raio.
LEANDRO OCSEMBERG
EU SEGURO A CANETA E, DEUS SE ENCARREGA DO RESTANTE.
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