tributo a sétima alma
Enquanto eu tocava
seu rosto
tão suavemente
como o vento na pele,
uma chuva de raios
rasgava o céu
uma
chama possuía nossos espíritos em febre,
sonhos
despedaçados tragam a vida em suspiros
nas mãos de
quem nos ama, de quem nos fere,
seu olhar é como o
sol, uma lamina mortal,
como
um ladrão na noite, nos becos escuros
de uma vida
qualquer, não se pode deixar de notar
que o susto é um
fato ocasional, impacto emocional,
as lágrimas de um
anjo perdido, soam profundamente
no decorrer da
noite, as almas estão ouvindo,
mas seu socorro
parece não redes, entregue ao desprezo,
seu aferidor,
seu próprio, seu deus de criação amorosa,
sonhos de amor e
carinho, não fazem mais juízo
em um mundo de
poder, ganancia e riqueza,
Deus não falhou,
mas sua resistência persiste
em
nosso coração em tão profunda fraqueza,
o céu esta
vermelho na escuridão de seu mundo
nenhum anjo virá
esta noite para socorrer-me,
eu irei me
esconder no inferno, nunca ouve o que temer,
meu nome jaz
cravado na lápide de seu coração,
é o fim dos tempos
saber que Deus esta triste,
que seu maior dom
no mundo esta há um suspiro de acabar,
em seu lugar,
qualquer um faria justiça ou vingança,
diga que eu sou
louco, e eu aponto a loucura do inferno em sua vida,
suas escolhas, seu
medo, sua dor, seus desejos imundos,
o inferno tem
um demônio separado para cada um de nós,
é no aconchego
da solidão que surge a visão,
é no desprezo que
vemos como um todo,
e nas feridas o
caminho para se levantar, mas..
diga que no final
da noite, você se lembrará das rosas,
eu vejo nas
poças d'água um céu obscuro,
a ventania que
traz a paz, também trouxe a guerra,
a guerra que nós
inventamos para nós mesmo sermos
os donos de
nossa própria vitória, donos dos nossos feitos
e senhores de
nossas escolhas, deixando de lado algo real,
o olhar de Deus
sobre nossas cabeças.
LEANDRO OCSEMBERG
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