Enquanto a sinfonia dos anjos
vinha suavemente
pela manha do oeste,
eu já saberia que
sua ausência
não me
deixaria em paz, isto é muito real,
lágrimas.. parecem não querer sessar,
o
tempo não pode mudar esse rio,
apagar o
que não se pode é se enganar,
por
que você sempre terá tudo de mim,
quando você chorou,
eu enxuguei suas lágrimas,
quando o medo te
assustou eu estava lá na escuridão
brigando com o seu
medo, sangrando para te proteger,
sim, eu te cantei
uma canção de ninar
onde você me
cativava com o brilho do seu olhar,
onde o sonhos
eram agradáveis, eram reais e sua voz
roubava toda a
minha sanidade na corpo e na alma,
e embora eu esteja
aqui com você,
eu sempre estive
sozinho todos estes anos,
deixar partir quem
se ama verdadeiramente
é deixar livre
para entender o que é a solidão e o desprezo,
portas abertas
trazem de volta para a vida
a essência do
que fomos um dia, onde estamos
plantando a
esperança, onde colhemos as feridas,
o
sangue não quer correr,
eu preciso acordar
de você
antes que eu me
desafaça no pesadelo,
do pó onde nos
tornamos nada
o sopro é o que
falta,
o folego é o que
faz ser real,
agora dorme meu
espirito
sem o toque
de sua alma
em um lugar
deserto e frio,
até
que você encontre e traga de volta
o poder que me
acorda por dentro,
que me desperta
na escuridão.
LEANDRO OCSEMBERG
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