sábado, 9 de abril de 2011

DESPERTAR II















         

Enquanto a sinfonia dos anjos
vinha suavemente pela manha do oeste,
eu já saberia que sua ausência
não me deixaria em paz, isto é muito real,

lágrimas.. parecem não querer sessar,
o tempo não pode mudar esse rio,
apagar o que não se pode é se enganar,

por que você sempre terá tudo de mim,

quando você chorou, eu enxuguei suas lágrimas,
quando o medo te assustou eu estava lá na escuridão
brigando com o seu medo, sangrando para te proteger,

sim, eu te cantei uma canção de ninar
onde você me cativava com o brilho do seu olhar,
onde o sonhos eram agradáveis, eram reais e sua voz
roubava toda a minha sanidade na corpo e na alma,

e embora eu esteja aqui com você,
eu sempre estive sozinho todos estes anos,
deixar partir quem se ama verdadeiramente
é deixar livre para entender o que é a solidão e o desprezo,

portas abertas trazem de volta para a vida
a essência do que fomos um dia, onde estamos
plantando a esperança, onde colhemos as feridas,

o sangue não quer correr,
eu preciso acordar de você
antes que eu me desafaça no pesadelo,

do pó onde nos tornamos nada
o sopro é o que falta,
o folego é o que faz ser real,

agora dorme meu espirito
sem o toque de sua alma
em um lugar deserto e frio,

até que você encontre e traga de volta
o poder que me acorda por dentro,


que me desperta na escuridão.




LEANDRO OCSEMBERG

Nenhum comentário:

Postar um comentário