quarta-feira, 27 de abril de 2011

A CRUZ E A ESPADA



















É um desespero saber
com os olhos explodindo no mundo,
como uma criança que acaba de nascer
a dor gera certos frutos,

despertar a dor de Deus
a fúria da justiça divina,

estão gritando é o fim dos tempos,

é a verdade contra a mentira
a ilusão contra a realidade
paz contra a guerra,

venha de mãos dadas comigo
contra o fim dos tempos,
a lua brilha tão longe, tão pequena,

o soar das trombetas
é o grande sinal,
acender um palito de fogo
contra o mundo, mundo das ideias,

estão construindo um castelo de horrores,
muralhas de medo, rios de sangue,
jardins e campos de morte,

pela lagrima se troca a face
vender a própria imagem é lucro,
não a imagem de retratos belos
retratos de um poeta mudo,

deslizando lentamente no corpo
dedos sutis agora em puro osso,
o ar envenenado cobre as vistas
envolve apertando o pescoço,

miseráveis, iram pagar por seus feitos
segura agora a cruz, mas antes
teve a espada cravada no peito de outro,

nuvens de fogo
são agora o juízo,
não um pensamento louco
e sim reembolsando o próprio prejuízo.





LEANDRO OCSEMBERG.

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