Cansei do sorrir e fingir
que a vida sempre
irá mudar,
não suporto mais a
fantasia
da ilusão na tendência
de um olhar,
rebelado não posso
mais desistir,
cravo agora no
peito o desfecho
da própria
tragédia que me faz rir,
no sentimento de
revolta
a impunidade jaz
um galardão,
fechando todas as
portas
e abrindo uma
janela para a escuridão,
iludido no meio de
uma sociedade
que troca a alma
pelo desejo,
assim como as
águas correm sem direção
entrando no buraco
de um bueiro,
ferido no
espirito, caem agora
pedaços de um
alcorão,
sem mentiras sou
um menino
e com elas sou
como um ladrão,
na falsidade das
palavras
todos os horrores
são ouvidos,
ser como eles
agora é ser sempre
um verdadeiro
bandido,
lotado na mente
não posso mais
exaltar,
sigo agora adiante
onde o vento poder
me deixar,
na escalada da
montanha
eis que surge uma
razão,
viver em carne e
osso
é ser miserável mendigando
o pão,
nas obras de
nossas mãos vem contundente
toda forma
promiscua de criação,
sendo criatividade
zero toda a fórmula
que completa a essência
da razão,
cobaias de nossa
própria estrutura
jamais queriam que
fosse assim,
cravado na
sepultura, o nome
e uma história com
fim.
LEANDRO OCSEMBERG
Nenhum comentário:
Postar um comentário