quinta-feira, 19 de abril de 2012

SENHOR DAS TREVAS
















Frio contagioso,

é um vento devastador em palavras mentirosas,
viver sem saber quem está mentindo,

pobre senhor do inferno,
suas gargalhadas pelos becos estou ouvindo,

senhor das trevas,

eu não me sujeito as suas malicias,
e tão pouco caio nas garras de suas armações,

um pouco mais de  mim,
no prato de mentiras vendidas,
um pouco mais quente de suas guerras casuais,

calor fervoroso,
o corpo queima, e o cheiro de mentira
é fumaça nas veias furiosas do espelho cego de imagem,

pise na lama, sujeite-se a mim,
de joelhos esfolados,

senhor das trevas,

seu olhar não me engana,
sua luxuria e beleza mundana
são brinquedos que eu quebro no quintal de minha serenidade,

descalço e sem trapos novos,
minhas vestes se desprendem do meu corpo
e caem nas águas levianas do seu orgulho submisso,

senhor das trevas,

eu brindo diante do vento que te assusta,
e vago livremente nas chamas do seu fogo infernal sem medo de errar.





LEANDRO OCSEMBERG

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