Lá vai ela,
com seu jornal em mente,
de dia ou de noite
em sua boca palavras delinquentes,
falando da vida alheia
apontando vários defeitos,
como cada grão de areia
no mar ou a agulha no celeiro,
vive cutucando as feridas dos outros
sem ao menos se importar com quem paga suas contas,
Maria fuxiqueira,
parece até detetive investigando as horas,
sua vida é pura noticia
da desgraça e defeitos alheios,
não olha o seu próprio nariz
para entender todos os erros,
fala por ai só da maldade
que os outros causam,
e nunca diz da bondade
que muitos ainda plantam,
seu ponto de vista
é sempre arrogante,
na sua afiada língua
só há amargura debocham-te,
nas palmas de suas mãos
tudo é dor e desprezo,
pobre fofoqueira que não conhece o zelo.
LEANDRO OCSEMBERG
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