sexta-feira, 20 de abril de 2012

A CAMINHO DO CÉU




















É chama árdua,

outra vez sentado sobre as rochas
no alto desta colina solitária,

é chama árdua,
estrelas brilhantes penduradas no escuro ,

eu estou acenando
com meu gesto infantil para ela,
e mal percebe meu sorriso
na fresta da janela,

desfeito neste sonho,
é chama árdua querer se banhar
onde o sol não faz verão,

eu estou acenando para o céu
por entre campos verdes,

acenando para o céu
mas ele é tão distante do outro lado da rua,

eu estou circulando entre pessoas do bem,

é chama árdua, rios sem águas,
pés descalços, mãos vazias, e visão embaçada,

eu estou perdido há caminho do céu,

erguendo  os braços juntos entre pessoas do bem
em suas fugas diárias, em seus caminhos de vai e vem,

ela está sorridente, como jovem rebelde e inconsequente,

e eu estou indo perdido, sem medo nas mãos,
segurando-me nos sorrisos de pessoas do bem.





LEANDO OCSEMBERG

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