É chama árdua,
no alto desta colina solitária,
é chama árdua,
estrelas brilhantes penduradas no escuro ,
eu estou acenando
com meu gesto infantil para ela,
e mal percebe meu sorriso
na fresta da janela,
desfeito neste sonho,
é chama árdua querer se banhar
onde o sol não faz verão,
eu estou acenando para o céu
por entre campos verdes,
acenando para o céu
mas ele é tão distante do outro lado da rua,
eu estou circulando entre pessoas do bem,
é chama árdua, rios sem águas,
pés descalços, mãos vazias, e visão embaçada,
eu estou perdido há caminho do céu,
erguendo os braços juntos entre pessoas do bem
em suas fugas diárias, em seus caminhos de vai e vem,
ela está sorridente, como jovem rebelde e inconsequente,
e eu estou indo perdido, sem medo nas mãos,
segurando-me nos sorrisos de pessoas do bem.
LEANDO OCSEMBERG
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