Eu observo as lágrimas,
antes de escorrer pelo seu rosto,
você me disse uma vez
que não se deve tocar as rosas,
elas desbotam nas palmas das mãos,
mas é impossível observar
este sonho e não toca-lo,
você sempre diz como é o sol
quando chega o inverno,
tentando aquecer o frio
que nos afasta na noite solitária,
você sempre põem suas mãos
sobre o lençol e abana sua poeira,
sempre com um sorriso nos lábios
e um brilho no olhar,
e impossível não notar
as folhas secas no ar,
elas caem, e caem, entre milhares de outras,
perseguindo pelo ar sua estratégia ,
uma queda livre sem medo algum,
e você sempre disse sobre cada pingo da chuva,
e onde o sol se esconde nos quadros sem moldura.
LEANDRO OCSEMBERG
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