domingo, 29 de abril de 2012

TE AMANDO






















Não pare agora,

uma parte de mim é amor
e a outra está em você,

não feche seus olhos para isto,
este tipo de sentimento atrapalha as nossas mãos,
e prende nossos fôlegos,

não pare agora,
as luzes só se apagam
quando se desiste do amor,

e outra vez eu estou te amando,

você pode me calar
toda vez que eu despejo estas lágrimas
sentindo que o frio virá novamente,

meu corpo precisa do seu calor,
minhas duvidas acabam em dor
toda vez que você está ali, tão distante,

não pare agora,
nós esperamos tanto para acontecer,
não podemos nos deixar ir,
este desejo não pode chegar ao fim,

eu sempre estive te esperando,
todas as noites quando a chuva me fazia companhia,

eu sempre esperei por suas mãos sobre minhas feridas.





LEANDRO OCSEMBERG

quarta-feira, 25 de abril de 2012

ENTRE FOGO E ÁGUA






















Você estende as mãos contra a chuva,

toca-la sobre o vento frio na varanda dos seus sonhos,

em seu som instrumental que vem das nuvens
não há nada para entender,

sua sombra nunca te deixa,

ou você sempre acreditou que sua luz vive sozinha?,

nos olhos da esfinge
sobre a sombra do sol,

sua pele é de porcelana,
se jogue nas certezas,
que medo pode ser tão diferente assim ?,

o que faz das flores vivas atraírem suas presas,
é o mesmo que te prende nos erros da vida,
basta um pouco mais e mais e mais...

você lança seus pés  ao caminho,
um a um bem firme e com o pensamento confundido,

entre fogo e água,

que sombra se esconda na mascará?
não há nenhuma sorte nas mangas,

o sol faz sua sombra apoiada nas montanhas,
e construções de pedras  de terrenos em lama,

chega a tocar no intimo da alma.







LEANDRO OCSEMBERG

PROFUNDO ÊXTASE























Queime-me,

sacie-me em seus lábios,

enquanto minha mão percorre seu corpo
e o desejo me possui nas chamas árduas da paixão,

induza-me até o êxtase profundo
e eterno, longe do frio desumano e enganador,

vague com seus olhos dentro dos meus,
e nossos lábios sentiram um ao outro,
e nossos corpos se juntaram como dois em um só fogo,

cavalgue em meus braços ardentes
entre seus cabelos em meu rosto

por que o cheiro do  teu corpo
é o perfume que eu me embebedo na noite,

sacie a sede do lobo que há em mim,
e horas serão apenas um momento de presságio,

curve-me diante de teu seio
para que eu beba do seu sabor e me afogue em seus desejos,

seduza-me em suas fantasias
para que eu seja escravo desta dor,

tão profunda em minha pele viva,
tão real quando toco seu corpo e faço dele  mar do meu gosto.






LEANDRO OCSEMBERG

SANGUESSUGA



















Você toca o ar,

parece tão fácil daqui, atrás desta janela escura,

correndo por galhos,
como as águas que saciam sua sede,
o quanto mais alto se pode subir, irá voltar mais de pressa,

você caminha livremente
pelas moitas secretas de plantações humanas,

que semente brota do sentimento?
joio ou trigo?, esta fazenda esta sem  o seu pastor,

sangue suga,
é um jogo metódico e enganador,
palavras de alegrias no seu sorriso diante de mim,

e pelas costas, acerta este machado  infernal
até que ele sugue tudo sem fim,

você cai pelo ar subitamente,
misturada em palavras enlouquecidas,
e se banha de honra nas tragédias de sua mente,

você se aproxima inocentemente,
E sempre com seu jeito natural de ser,

sangue suga,
minha pele esta marcada, mas você não quer saber,
minha dor é apenas minha luta para sobreviver,

eu estou estarrecido, fraco e ferido,
e você insiste em me ver sem nenhum brilho.




LEANDRO OCSEMBER

terça-feira, 24 de abril de 2012

SEM LAÇO OU NÓ


























Eu incendiei as linhas
que cruzam de uma ponta á outra
do inicio da luz ao final da escuridão,

enigmáticas e sensíveis,

sem laço ou nó,
a luz só levanta o que se pode ver,

elas me desamparam em uma cadeira de balanço
sem pernas ou movimentos,
todo herói é um vilão quando não se esta vivo,

o tempo é longo até os sonhos,
o suspiro é forte e profundo,

manipulado por um desejo desconhecido,
sem freios ou ponto de parada,

elas vão se desenrolando até o escuro,
sem pontas ou falhas, sem laço ou nó
para assegurar sua própria conjuntura,

filosofia vã essa tal doçura de simplesmente dizer
sobre as flores e não toca-las,

outra estratégia nas mãos para encaixar
uma ilusão poética e sonhadora nos campos verdes,

em um quadro de abraços lembrados
uma lembrança perfeita da saudade,

que vive dentro do esquecimento
suportado por imagens bizarras de brilho intenso.




LEANDRO OCSEMBERG

INVENÇÕES





















Eu encontrei uma ideia no meio do caminho,
mas ela não falou comigo,

e de todas as coisas estupidas que eu conheci,
nenhuma se compara as águas sujas de um rio qualquer,

há um viajante na estrada
e ele esta indo, as vezes só,
outrora acompanhado pelo seu assobio,

há uma luz no céu
que faz sombra sobre as cabeças com véu ,

e de todas as coisas simples que aprendi,
nenhuma se iguala a este desejo de viver,

do outro lado da ponte
há uma linda donzela que chora,
amores partidos, sentimentos ofendidos,

que tipo de dor é esta que inventamos?,
que vida desenhamos acreditando em que divindade?,

e de todas as coisas boas que me ensinaram,
nenhuma é tão certa como os olhos podem ver,

no galho de um velho arbusto,
um pássaro canta solitário e triste,

seu ninho destruído, seu destino divido,
que invenção há para um coração ferido?,

há uma porta do outro lado da estrada,
uma saída ou fuga da realidade,
invenção ou mero prazer do instinto?.






LEANDRO OCSEMBERG

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O MESTRE DA ILUSÃO





















Entre tantas nuvens que
escaparam em seus dedos,

você tenta ir embora para casa
andando em círculos,

essas muralhas são seguras
para suas fantasias
em uma dor inventada,

uma mistura pura e amarga de palavras,
outra dose envenenada de silencio,
em seus desenhos brilhantes e possuidores de sorrisos,

outra lágrima por nada,
outra alegria perdida,
ele  voltará amanha, depois que o sol se esconder,
seu poder  é ilusão nas batalhas de uma vida,

o suor corre pela testa e se vai,
junto se espatifa ao chão do seu caminho,

círculos perdidos,  caminhos distribuídos,
você tentar ir embora para casa,
com suas mãos vazias
esquecendo o que deixou para trás,

cada lágrima por uma peça de ouro,
cada gota de sangue entregue há um louco,

é a pele pelo vestido,
seus ossos pelo caminho lembram  toda ilusão que nos sobrou.





LEANDRO OCSEMBERG

domingo, 22 de abril de 2012

O AMOR É ETERNO























Jogue pétalas de rosas em meu túmulo

eu irei morrer apaixonado outra vez,

é um tipo de febre,
uma dor profunda esta distancia do paraíso,

jogue pétalas de rosas  sobre o meu corpo,
ele precisa sentir uma ultima vez esta luz,

seus desejos e desapegos ficaram para trás,
tão frágil e absurdo como as nuvens do céu,

ele é leve feito de poeira que viaja lentamente no ar,
como as água do riacho indo em sua direção,
em uma imensidão desconhecida e arrojada nas palavras,

olhe nos meus pés,
foi uma longa caminhada até aqui,
e minhas mãos calejadas podem dizer sobre isto
sobre todas as suas obras nos tabuleiros, sem tudo para ser feliz,


banhe seus olhos na despedida
que um dia jaz sobre mim,


jogue pétalas de rosas sobre os campos,
eu estarei lá, por que o amor é para sempre,
como a o azul do céu e sua imensidão desconhecida,
como o mar a te banhar no vai e vem das ondas,


sinta minha pele, olhe nos meus olhos,
um dia eu também senti que você estava aqui, junto, perto de mim.








LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 21 de abril de 2012

OLHA O QUE VOCÊ FEZ
























É apenas mais um dia nublado,

o sol longe, atrás de nuvens cinzentas,

a solidão é apenas uma maneira de
lembrar o que você fez,

até você sentir minha ausência,
já tarde da noite, até os grilos estão dormindo,

você saiu pela porta e nem olhou para trás,

olha o que você fez,
completou os meus sonhos
e fez o dia ter um minuto a mais,

a noites demoram para dormirem,
os dias passam lentamente, e tudo o que sobrou,
são horas vagas, sem motivos para viver,

o vento parece frio e assustador,
tocando a janela que faz um som entre o fantasma  que você criou,

o silencio é apenas uma distração que você fez,
outra maneira de mexer comigo, toda vez
que sinto minha pele vazia e sem motivo para acreditar,

a chuva faz companhia
nos meus olhos esperançosos,
esperando por um raio de sol
para torna-la viva na luz que surgirá de novo,

olha o que você fez,
me sentir um grande menino amante,
sem medo, sem temer o perigo,

olha o que você fez,
agora eu te procuro, em todo lugar, em torno do mundo.



LEANDRO OCSEMBERG

PERSEGUIÇÃO


















 Persigam este sonho,

ele está fugindo de novo,
é só se virar por um segundo e se distrair,

apenas mais um desafio,
é apenas mais um dos seus contos para dormir,

são muitas estrelas para se contar,
e apenas uma te distrai, te faz sonhar,

no fim da estrada há um viajante
e ele esta jogando fumaça no ar,

com seu pó magico,
ele faz truques de criança,
coisas que fazíamos quando chorávamos,

persigam este medo,
ele esta se juntando com os outros,
olhe em seus olhos, a imagem que reflete você,

é a mesma que te segura  para não ir adiante,

apenas mais um inverno no calendário que você planejou,

ninguém disse que seria fácil,
mas ninguém lembrou o quanto seria difícil,

há uma árvore na colina
cheia de frutos, segredos da vida,
não como deste fruto ainda,

ele esta verde, até o ponto do sabor amargo
temos chances de perseguir de novo o mesmo sonho,

ele esta fugindo de novo,
ele quer ganhar vida de novo,

persigam este desejo, ele virá nas mãos conforme o tempo.





LEANDRO OCSEMBERG

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A OCASIÃO DO DESCASO


























Crucifiquem este homem,

ele fala de amor impossível entre o povo,

ele diz sobre coisas loucas e impossíveis
sobre a terra, e nada sem se molhar sobre as águas,

arrastem-no pelo chão
com seus joelhos de fora e suas mãos
ensanguentadas, ver para crer é antiético,

o paraíso é reino perdido
na criação das mãos humanas,
esse tal amor é apenas um sonho,
um mero sonho de criança,

corpo dividido, duas partes em um só destino,
olho por olho, dente por dente,
ou se vive na carne fria e sanguinária ou
se entrega na ilusão contundente,

a óleo e água,
são apenas retratos guardados,
mera lembrança ocasional ou
um sentimento do passado,

amor por amor,
paixão por um belo corpo delicado,
sentimentos são apenas desejos,
mera ocasião do descaso,

olhe este homem,
ceifador de sentimentos que hoje
estão simplesmente abandonados,

suas palavras fazem sentido no futuro que virá no surto de um raio.



LEANDRO OCSEMBERG

UM NOVO AMANHECER






















A cachoeira vem descendo das montanhas,

uma sensação de alivio e conforto,
tão próximo das arvores e seus frutos
o meu coração se revela,

a dor é real longe de você,
tudo é sem cor e desigual nos sentimentos,
há uma parede entre o vento e a paisagem,

mas nos seus lindos olhos
toda paisagem é como o arco-íris
livre como o vento que você assopra no meu rosto,

e toda certeza é certa quando você segura minhas mãos,


venha mais perto, mais quente
seu corpo faz do meu uma chama sem igual,

há um segredo no amor
que apaga toda dor, e você é apenas o começo,
e o mundo é apenas o desenho que nos distrai,

há uma flor no  jardim
tão amarela, tão viva que seu rosto vive nela,
suas maneiras são como cada grão da semente,
como cada pincelada da aquarela,

na nascente do riacho,
flores e pássaros, uma pura e doce canção,

pigmentado é tão sagrado no desejo
de sentir você aqui, do meu lado,

mostrando-me mais um amanhecer.



LEANDRO OCSEMBERG 

VIDA II

























Enxugue suas lágrimas,

eu sou apaixonado por ela,

tão doce e envenenada,
na luz que incendeia minha pobre alma,

o sol  quer fazer morada em minha pele fria
e minha mente desorientada,
imaginando seu toque no amanhecer
querendo o seu desejo vivo de amar,

eu sou louco por ela,
no barulho de sua tempestade,
sou amante apaixonado, louco desvairado
no sombrio presente de sua maldade,

ela me prende e me solta,
me esvazia, me enche,
doce paixão da minha razão,

meu céu, meu inferno,
és tudo o que venero,

tão viva no amanhecer,
tão misteriosa no anoitecer,
você me quebra em mil pedaços
e me faz desvendar seus segredos,

é nessa doce paixão que vivo vivendo
e entregando todos os meu segredos

me perdendo, me encontrando,
sem você eu vivo como um objeto estranho.






LEANDRO OCSEMBERG





ORGULHO FERIDO




















Perolas,

seu colar se desfez ,

você me culpa pelos seus erros infantis,
embriagado de tédio em seu olhar acusador,
eu fujo no rastro da noite,

caixas de presentes
vazia de surpresas, nenhum espanto,
no estado de espirito quebrado,

pela janela água viva da tarde,
escorre nos meus olhos admirados pela imagem nublada,
dentro das sua alegrias,

nunca mais será como antigamente,
como a inocência fazia sentido,

era só isto o que  faltava
um pingo de lembrança para refazer oceano vivo em meus sonhos,

dentro de jardins verdes
eu estou indo noite à dentro,
enquanto você dança com os seus desejos,

jardins verdes, nos portões do paraíso,
dentro de cada bolha de sabão
assobiado pelo orgulho ferido de mim mesmo,

você notará a minha ausência?
você sentirá quando eu não estiver por perto?

pela janela eu vejo a sombra dançante
no seu quarto escuro e solitário de amor.






LEANDRO OCSEMBERG

A CAMINHO DO CÉU




















É chama árdua,

outra vez sentado sobre as rochas
no alto desta colina solitária,

é chama árdua,
estrelas brilhantes penduradas no escuro ,

eu estou acenando
com meu gesto infantil para ela,
e mal percebe meu sorriso
na fresta da janela,

desfeito neste sonho,
é chama árdua querer se banhar
onde o sol não faz verão,

eu estou acenando para o céu
por entre campos verdes,

acenando para o céu
mas ele é tão distante do outro lado da rua,

eu estou circulando entre pessoas do bem,

é chama árdua, rios sem águas,
pés descalços, mãos vazias, e visão embaçada,

eu estou perdido há caminho do céu,

erguendo  os braços juntos entre pessoas do bem
em suas fugas diárias, em seus caminhos de vai e vem,

ela está sorridente, como jovem rebelde e inconsequente,

e eu estou indo perdido, sem medo nas mãos,
segurando-me nos sorrisos de pessoas do bem.





LEANDO OCSEMBERG

quinta-feira, 19 de abril de 2012

SENHOR DAS TREVAS
















Frio contagioso,

é um vento devastador em palavras mentirosas,
viver sem saber quem está mentindo,

pobre senhor do inferno,
suas gargalhadas pelos becos estou ouvindo,

senhor das trevas,

eu não me sujeito as suas malicias,
e tão pouco caio nas garras de suas armações,

um pouco mais de  mim,
no prato de mentiras vendidas,
um pouco mais quente de suas guerras casuais,

calor fervoroso,
o corpo queima, e o cheiro de mentira
é fumaça nas veias furiosas do espelho cego de imagem,

pise na lama, sujeite-se a mim,
de joelhos esfolados,

senhor das trevas,

seu olhar não me engana,
sua luxuria e beleza mundana
são brinquedos que eu quebro no quintal de minha serenidade,

descalço e sem trapos novos,
minhas vestes se desprendem do meu corpo
e caem nas águas levianas do seu orgulho submisso,

senhor das trevas,

eu brindo diante do vento que te assusta,
e vago livremente nas chamas do seu fogo infernal sem medo de errar.





LEANDRO OCSEMBERG

KARMA





















Tire sua mascara,

Eu também choro no escuro sozinho,

O mundo é estranho e bizarro,
Suas cores enfeitam a festa
do magico e sua cartola de truques baratos,

Eu também já me senti  perdido
nessa matemática carruagem sem rodas,

Eu quero uma nuvem do céu,
e levar comigo toda esta certeza
que nos acorda para nos enganar,

Lave suas dores no riacho
desta ciência humana e sua língua estrangeira,


o mundo é estranho e enganador,
não se vá com eles, são apenas zumbis poéticos,

em sua língua portuguesa, palavras são sem significado
toda vez que tentam entender a si mesmo,

eu quero subir na escadaria sem corrimão,
e suportar esta mochila de ferramentas sórdidas,

o mundo é frio e violento
não se junte há essa química enfurecida das multidões,

incendei seu karma e lute contra si no escuro
é apenas um erro que faz os ossos estremecerem,
e sua pele chorar este sentimento mundano.






LEANDRO OCSEMBERG

MEDO


















Eu observo as lágrimas,

elas secam suavemente sobre o olhar,
antes de escorrer pelo seu rosto,

você me disse uma vez
que não se deve tocar as rosas,
elas desbotam nas palmas das mãos,

mas é impossível  observar
este sonho e não toca-lo,

você sempre diz como é o sol
quando chega o inverno,
tentando aquecer o frio
que nos afasta na noite solitária,

você sempre põem suas mãos
sobre o lençol e abana sua poeira,
sempre com um sorriso nos lábios
e um brilho no olhar,

e impossível não notar
as folhas secas no ar,

elas caem, e caem, entre milhares de outras,
perseguindo pelo ar sua estratégia ,
uma queda livre sem medo algum,

e você sempre disse sobre cada pingo da chuva,
e onde o sol se esconde nos quadros sem moldura.




LEANDRO OCSEMBERG