Deixa que
sinta o frescor da brisa
e assim
acalme minha tormenta,
deixa a
porta entreaberta
para que
reste a esperança na fresta,
deixa aquela
fotografia
dos tempos
de harmonia,
me agrado do
calor da nostalgia,
deixa o
banheiro desarrumado mesmo,
assim a
reclamação se torna melodia pro coração,
deixa também
apenas uma mala vazia
quem sabe
viaje e mude algum dia,
deixa na
estante alguns livros de gramática
quem sabe do
amor aprenda a matemática,
só não deixa
que o tempo de saudade,
vista outra
vestimenta,
pois ninguém
aguenta viver na incerteza da solidão,
deixa que
aja uma razão
para nos
tornamos um só
nos laços de
uma eterna paixão,
deixa que a dor
seja presente
fazendo
lembranças serem bem mais existentes,
vestida a
carapuça,
em vestido
branco nos trapos de amargura
nos tons das
nuvens e suas tempestades,
é isto o que
nos assombra,
é isto o que
nos afronta,
pois ninguém
aguenta viver na incerteza da solidão.
LEANDRO
OCSEMBERG
ZANONE FILHO
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