sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SOLIDÃO, INCERTA SOLIDÃO






















Deixa que sinta o frescor da brisa
e assim acalme minha tormenta,

deixa a porta entreaberta
para que reste a esperança na fresta,

deixa aquela fotografia
dos tempos de harmonia,
me agrado do calor da nostalgia,

deixa o banheiro desarrumado mesmo,
assim a reclamação se torna melodia pro coração,
deixa também apenas uma mala vazia
quem sabe viaje e mude algum dia,

deixa na estante alguns livros de gramática
quem sabe do amor aprenda a matemática,
só não deixa que o tempo de saudade,
vista outra vestimenta,
pois ninguém aguenta viver na incerteza da solidão,


deixa que aja uma razão
para nos tornamos um só
nos laços de uma eterna paixão,
deixa que a dor seja presente
fazendo lembranças serem bem mais existentes,

vestida a carapuça,
em vestido branco nos trapos de amargura
nos tons das nuvens e suas tempestades,

é isto o que nos assombra,
é isto o que nos afronta,
pois ninguém aguenta viver na incerteza da solidão.



LEANDRO OCSEMBERG
ZANONE FILHO

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