terça-feira, 18 de setembro de 2012

A POESIA SECRETA


























Revelo-te,

como o fulgor lúcido dos acasos,
declarando ao orbe de sua perfeição,

é esta, estais aqui, caçado, estatelado,
executora do afetuoso encanto devaneio,
nas campinas de teu seio que drenam
meus lábios em suas garras veredas,

inspiração sigilosa, acalantada
nos rebentos de sua fantasiosa visão,
és película, és dor no coração, me faz lagrimar,

em alma trucidada, em espírito ressuscitada,
de intensa magia em gota de oceânica de divina lágrima,
nascida toda vez que me tocas em aversão,
nos pés de súplicas em apoteose  ao escultor da criação,

predestinados de escrituras e suas possessões emocionais,

 no açoite braveado do pudor alvorotado e alucinado
emana vocábulos de seu furor,

banindo a ilusória e sinfônica ambição  
de seu criado anjo traidor.



LEANDRO OCSEMBERG

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