quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MEU ANJO CAÍDO IV
























       
            Nas asas do livramento




Acenda-me,
que luz virá sobre nosso olhar,
sobre as ondas que vagueiam
lentamente em beira mar,

que encanto nos laçará o amor?,

nos prados dos campos de alvorada,
és luz de arcanjo em plena ceia extasiada,

em suas asas delibadas
aragem repentina de libertação,
como o sol desaba acelerado na distância,  

no fecundo dilúvio de sua afeição ,
és brando calor emanado intenso do espírito,
a aura da noite é açoite do Líbano
em meus ouvidos abatidos aos teus lábios,

no raiar afetuoso de suas doces mãos
combatendo contra minhas lágrimas,
contemplam-me com sua flecha arcada
no dardo mortal negro abatedor da solidão,

seu olhar em meu corpo moribundo foi a minha ultima visão.



LEANDRO OCSEMBERG

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