quarta-feira, 19 de setembro de 2012

LÁGRIMAS A LUZ DE VELAS





















Lagrimas a luz de velas,
escorregando suavemente
pelo cetim da cortina amarela,
o som do piano, a imagem dela revela,

a chama ganha forma vazia sobre o vento,
a caneta ao papel, desliza, escorrega,
e a dor camuflada se revela,

infiltrada ao sangue
trilhada a árduo caminho do meu rosto alicerçado,

em meia taça de vinho
ao lenço borrado,
ébano gosto saciável dos seus lábios de primavera,

no fino integro de minha alma
como agulha açoitando a pele, se penetra,

no broto escuro do luar acalante
o som do violino, minha armadura se quebra,

se fazes assim, me queres ver em órbita de solidão?,
venha sobre mim, desague-se nos laços pedintes
de alvoraçada e desejada intensa paixão,

no clarão admirado da aparição do teu olhar
meu ego ao seu feitio se entrega.



LEANDRO OCSEMBERG 

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