Brilhe poesia,
revele-me
sua rima,
sobre as ondas
do mar vagantes letras,
me banhe em
suas puras linhas,
no ar seu
toque flamejante
profundo
como o olhar de uma menina,
despedace-me
o coração,
ó inocência de
pureza e sina,
refazendo-me
do pó ao nó
de sua
intensa magia,
verso
solitário
uivando para
as estrelas,
no acalanto
do universo
e sua imensa
devaneia,
em sua poética
navalhada,
despedace-me
o coração,
ó inocência de
pureza e sina,
refazendo-me
do pó ao nó
de sua
intensa magia,
sacia-me
como fera
feroz em busca, a sós de si mesmo,
encontra-me,
na prosa, na frota, na estrofe esnobe,
desenhe-me
em seu brilho nobre de vida,
ó inocência de
pureza e sina,
guarda-me,
eleva-me em suas linhas.
LEANDRO
OCSEMBERG
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