domingo, 23 de setembro de 2012

O PEREGRINO II























O sol vem radiante,
ele fraquejou
no tocante deste campo de batalha,

ensanguentado em meus olhos,
pobre anjo do amor,
a escuridão assombra seus ideais,

desafiando os deuses,
convencendo demônios,
não há mais para onde fugir,

sua seta dourada que perfura a alma,
por falsas palavras deixas de existir,

embriagado do perfume do paraíso,
em traço leve no rascunho do abismo,
a sua razão chove nos passos de um peregrino,

sorriu, chorou, morreu e ressuscitou
em cada alvorada de um dia,
em breve presságio na fenda cicatrizada da ferida,

em seus horizontes,
é dada sua única unção,
perdida, dissipada, atropelada por planos de ambição,

na sinfonia orquestrada da destruição,
suas lágrimas não serão validas,
no segundo reinado de sua salvação,

até que seu espirito se revele em verdade.



LEANDRO OCSEMBERG    10/02/97



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