Antiga paixão,
meu doce
pecado,
és a deusa
de minha ilusão,
o devaneio
do sonho cavalgado,
doce amor,
meu açúcar,
no profundo
olhar trocado,
aprisionando
o coração,
em chamas árdua
apaixonado,
sem cor, sem
dor,
cegamente
envolvente,
em leve
toque na pele,
és o reino
do desejo selado,
efervescência
de inocência e loucura,
feitiço de
encanto duradouro,
és bálsamo de
perdição e formosura,
antiga
paixão,
és prisão ao
coração
de um pobre
garoto fissurado,
antiga
paixão,
és corrente
, és dilaceração,
és brandura
no afago emancipado ,
és o que quero,
não minto, não fujo, não nego,
és minha antiga
paixão que venero.
LEANDRO
OCSEMBERG