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São vozes vazias,
sentimentos que
nascem por nada
no sopro do
amanhecer e suas cores nos campos,
a estrada se
abrirá
com o passar dos
anos e suas montanhas,
e aqui estou eu,
um coração, uma
emoção,
são rios de raios
reluzentes me levando,
uma direção nos
olhos de encontro ao poder maior,
o dom de amar,
sinta sua voz,
sinta na distância
que nos separa,
são rios de luzes
ofuscantes na estrada da vida,
passando sobre
nós,
deixando dentro de
nós seu fluxo,
são rios de
esperanças na solitária manha
de suas mãos
vazias, sem sua presença por perto,
nenhum anjo virá
do céu,
nenhum socorro
quando certo é este desejo,
há um caminho
entre nós,
uma árvore de
frutos duvidosos,
suas sementes
brotam no escuro
e devastam nossos
planos desenhados na nuvens,
são desejos de não
sorte
nas palavras dos
tolos
que vivem e temem
a morte,
inimigos??, sim
teremos vários,
mas depende de
quem será o seu,
eu não faço as
escolhas
sou tão sábio
quanto uma pessoa louca,
mas atrás dos
ventos minha face desapareceu,
sou raio de sol ou
pingo de chuva
depende de que
forma me olha a multidão nas ruas,
não há nenhuma luz
aqui,
a não ser pelo que
está escrito,
palavras borradas
em lágrimas
sentimentos de
Deus e seu filho,
de carne e osso
declaro-me em sangue vivo,
toda vez que a
ferida sangra no arder
dos raios
infernais no desprezo do espírito,
toda vez que olho
no espelho que não reflete.
LEANDRO OCSEMBERG
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