A ciranda está
girando,
marcas na pele,
rugas de luta,
no prato da morte
pouca escolhas,
por que a vida
esbanja luxurias
em mãos estendidas
no olhar cego do poder
por números ou
pessoas,
dividido em mil
pedaços,
pobre deus
socorrista de agonias,
não ouve prece,
não sente esta febre
que a sorte humana
desenhou,
sem morte, não há
vida,
honra, cartas e
jogos de dados
Brasília, o
distrito do diabo,
projetos
mentirosos, ou pura enganação?,
é melhor assim,
perfeição sempre um sonho sem fim,
enquanto me
devasto na miséria pobre e inventada para lucrar,
um colar de
sentimentos em linha de parágrafo ditado,
o paraíso é uma
joalheria, ou um banco que já foi roubado,
o jardim das ideias
jaz vendido, mas nunca trocado
por um fardo
genial e esculpido, pobre monumento este meu coração,
carregado de bons
desejos, pisoteado por defeitos inventados,
brinquedos, ovos
carne e pão, miseráveis donos da população,
é um jogo de
mentiras todo este jogo,
no tabuleiro de Brasília,
o distrito do diabo
que vai induzindo
todo este pobre povo,
ensaiando suas
ditaduras teatrais,
miséria, ganancia
e superioridade,
um voto põem no
lugar do poder um rato,
rato roedor de
carne humana,
rato conspirador e
traidor que pune nossas infâncias,
convém
arrancar-lhe suas vestes e lhe lavar o caráter,
mas não só a esta
contaminada a alma e o espírito,
Brasília, o
distrito do diabo, a terra do verdadeiro inimigo.
LEANDRO OCSEMBERG
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