É o mesmo sorriso
queimando nos
olhos,
lágrimas secas
sopradas na noite,
passando sobre o
fogo
o fino linho na caída
do corpo,
sombrio e
horripilante, raios desenhados
nos fios elétricos
ligados no chão,
dentro da noite
conte-me uma
história de dormir,
são contos
religiosos ou pura imaginação,
contos mentirosos,
gloriosos do mal que há em mim,
o trono está
despedaçado
em um reino
encantado de um rei enganado,
conte-me essa
história
para que eu seja
livre de si mesmo,
a dor que me
serve, serve para você,
dentro da noite
empurre-me do alto
do penhasco,
eu irei cair no
medo que te faz vivo,
este vento é uma
possessão do mal,
e minhas asas não
se abrem,
sua cadeia
alimentar, seu transe,
nos jogos
manipuladores sem chance de vencer,
as armas que me
ferem, ferem há você,
dentro da noite,
conte-me aquela
história,
aquela velha
história de possessão,
por que a caixa de
surpresa que te esconde
é a mesma que
embalará minha única visão,
no jardim do
esquecimento.
LEANDRO OCSEMBERG
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