Não me pare agora,
eu não me importo
se isto fere,
dias frios,
nenhum consolo,
nenhuma dor natural,
são sementes de
desejos ou lágrimas perdidas,
certa vez no vento
eu ouvi dizer
que se deve ter
compaixão a minha imagem,
pobre monstro que
Deus criou,
uma cicatriz
infortuna e desprezível,
eu não me importo
de rasgar-me a pele,
nenhum deus se
importara com esta correnteza de sangue,
por que eu nunca
joguei minhas mãos contra o vento
para que ele
pudesse levar minha raiva contra ninguém,
e eu nunca me
esqueço que o ferro só fere a carne,
assim como é a
rosa com seus espinhos,
ou pedra atirada
sem razão ou sem motivo,
nada melhor que a
morte para saber
que tudo não é
nada, a não ser pelo nosso espírito,
nascemos por amor,
dentro da dor que revive nossas ideias,
e eu não me
importo se isto fere,
ou se minha pele
se desfaz com os anos e anos,
as vezes é fácil
entender por que somos uns piores que os outros,
e muitas vezes é difícil
saber se realmente mudamos,
mudamos para nós
ou para agradar os tolos,
e nada pior que as
feridas para mostrar
que cada vez que o
sol se põem no horizonte,
esta longe de
entender se valeria a pena
morrer por alguém
como já fora feito por nós,
eu não me importo
se isto me quebra e me joga no abismo,
mas eu me lembro
que certa vez foi dito:
"o ser humano
é tudo, mas ele perto de tudo não é nada".
LEANDRO OCSEMBERG
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