Ela havia derrubado
o café pela mesa,
em seus planos
jogados pelo alto,
um sinal de que
outra vez
acreditou em
sentimentos desenhados,
em seu salto
quebrado pela sala
vazia nos vasos
sem flores de ideias prepotentes,
o sol se põem de
novo fugindo outra vez,
ela já havia
consultado sua sorte
nas cartas brancas
de um baralho qualquer,
ouvindo suas
próprias palavras monologas
outro dia no
vermelho,
sem sorte ou azar
para testar sua duvida,
na beira de um
dose neurótica e eufórica
de suas emoções
delirantes,
esqueceu de deixar
um bom dia
para mim e eu
corri até a saída
na porta da sala
para tentar ouvi-la,
correndo sem
trapos pelo corpo
natural como deve
ser um louco,
esperançoso não
chegará na ponta
do outro lado da
estrada,
por que ela se
esqueceu de si mesma,
deixando de olhar
para o outro lado da estrada,
jogado no sofá seu
estojo
de maquiagem nem
notou a ausência em sua bolsa,
o espelho que
reflete os erros
embaçado e sem
brilho não viu sua sorte,
o vento acredita
mais em mim do que ela mesma,
jogando poeira nos
olhos sem intenção alguma,
ela nem notou
minha presença do outro lado da estrada,
abraçada ao acaso
de um simples desejo de sorrir infeliz,
necessariamente eu
só precisava estar lá
para depois voltar
pela calçada entre os latões vazios.
LEANDRO OCSEMBERG
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