Uma voz no vento,
distante no tempo,
um brilho no
escuro,
levemente tocando
a face do mundo,
nenhum sábio irá
decifrar,
rio desaguam-te,
oceanos de
miragens e suas canoas,
outra árvore
frutífera nas areias do deserto,
garoando feridas
cavalgadas,
céu feito mel,
vinho fino tinto,
um brinde nas
paixões e suas formosuras,
sem ninguém para
chorar
nenhum anjo virá
na noite estrelada,
seu criador está
almejando seu olhar aqui,
outra face
estranha, linhas quebradas e borradas,
fitam-te navalhada
nas águas turbulentas da chuva,
nenhum sábio
poderá se surpreender
sem ninguém para
aplaudir suas travessuras,
olhos fechados,
sem ninguém
para levar o amor
por entre as florestas dos desejos,
rio desaguam-te,
oceanos de
miragens e suas ondas
no céu pintado nos
olhos do admirador,
sem ninguém para
interromper a tempestade,
nenhum sábio irá
permanecer nas colinas,
se veste de vento,
e purpuriza-se de
terras brilhantes,
o sol é o brilho
do diamante em seu folego,
mas nenhum anjo
virá do céu,
até que seus
últimos dias, sejam dias bons.
LEANDRO OCSEMBERG
Nenhum comentário:
Postar um comentário