domingo, 25 de março de 2012

JUSTIÇA OU VINGANÇA


























Pobre garoto,

trocou a matemática pela química,
toda a sua soma é um resultado trágico
amor x ferida,

conviveu no inferno,
escreveu armas arquitetadas no fogo e no ferro,
sobre o sistema que feriu sua alma,
perdido no tiroteio, balas de fuzil,
por uma brecha escapou, brasileiro cidadão do brasil,

abençoados, aqueles que sentem maldade e não a praticam,
como poeta, como menino amante da paz eu sigo,
mas as vezes me distingo do tamanho do perigo,

uma faca na garganta,
uma arma de fogo na mão de uma criança,
que mão é tão pesada para acertar os erros?,

justiça ou vingança?
duas portas e uma razão,
dividido em dois, pobre coração,

nunca irá saber esta verdade,

mil pedaços de mim
em grão de sentimentos,
escrito na porta do fim, lá esta,
o baú de todos os nossos medos,

pobre poeta sonhador da paz,
desenha, escreve e delata todo o desejo
que um dia jaz vivo,

mas se entrega aos medos destinados pelo destino,

eis que é assim, ama há toda hora,
fala de dor, escreve sobre o amor
mas na batalha se esquiva, e se forja,

armaduras do fruto da dor,
veste sem medo algum pelo mundo e suas ventanias,

mas se acuou no castelo que ele mesmo inventa,
castelo que ele desenha e faz de sim uma tormenta,

tormenta que na paz se revela.




LEANDRO OCSEMBERG

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