Pobre garoto,
trocou a
matemática pela química,
toda a sua soma é
um resultado trágico
amor x ferida,
conviveu no
inferno,
escreveu armas
arquitetadas no fogo e no ferro,
sobre o sistema
que feriu sua alma,
perdido no
tiroteio, balas de fuzil,
por uma brecha
escapou, brasileiro cidadão do brasil,
abençoados,
aqueles que sentem maldade e não a praticam,
como poeta, como
menino amante da paz eu sigo,
mas as vezes me
distingo do tamanho do perigo,
uma faca na
garganta,
uma arma de fogo
na mão de uma criança,
que mão é tão
pesada para acertar os erros?,
justiça ou
vingança?
duas portas e uma
razão,
dividido em dois,
pobre coração,
nunca irá saber
esta verdade,
mil pedaços de mim
em grão de
sentimentos,
escrito na porta
do fim, lá esta,
o baú de todos os
nossos medos,
pobre poeta
sonhador da paz,
desenha, escreve e
delata todo o desejo
que um dia jaz
vivo,
mas se entrega aos
medos destinados pelo destino,
eis que é assim,
ama há toda hora,
fala de dor,
escreve sobre o amor
mas na batalha se
esquiva, e se forja,
armaduras do fruto
da dor,
veste sem medo
algum pelo mundo e suas ventanias,
mas se acuou no
castelo que ele mesmo inventa,
castelo que ele
desenha e faz de sim uma tormenta,
tormenta que na paz se revela.
LEANDRO OCSEMBERG
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