A estrada está escura,
luzes?? só de
vagalumes,
e eu nem sei como
pregar um prego na parede,
na parede das
imaginações,
eu nunca estou
brincando quando quero brincar de viver,
e eu nunca morro
sabendo que vou morrer,
quando as luzes
morrem,
a estrada se
guiará só em meus pés calejados,
pobre sabedoria
insana
me abandona e me
deixa pensando como criança,
é somente uma
verdade,
e infinitos são os
olhares para a enxergar,
mas toda visão é
diversificada para compreende-la,
ao não ser quando
vejo o olhar de rosita,
aprisionado pelo
portão eu vejo o fox,
pobre cachorro
domesticado, as vezes lê o jornal comigo
pela manha de
domingo quando não estou por ai largado,
as ruas se movem,
as pessoas em seus
trajes particulares,
e eu só havia
tomado uma xícara de café forte e adocicado,
para entender que
ainda estou dormindo acordado,
e mal entendo
essas letras, o jornal mal amassado,
o carro
estacionado, sei lá onde me vi,
nesta luta
corporal entre a mente e o juízo,
droga, eu nem sei
quanto custa cada suspiro,
e a mangueira
fechada está gotejando,
a não ser nos
olhos de rosita, linda menina,
que me faz aspirar
o veneno de boêmios apaixonados,
é água na sarjeta
vinda de ruas acimas,
mas não tão forte
em minha pele,
não tão ardente
como febre,
o céu sempre fecha
suas portas sem avisar,
simples como o
vento,
estranho como o
amor e seus defeitos,
como lindas rosas
vermelhas
de caule farto e
seus espinhos da vida,
mas eu, eu estou
me lendo no olhar
e decifrando o tal
amar no olhar de rosita.
LEANDRO OCSEMBERG
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