domingo, 25 de março de 2012

O ESPELHO DA DOR





















Abraça-me,

é uma noite fria e solitária,

são caminhos divididos
que nos levam na mesma direção,
são desejos infinitos que bombardeiam nosso coração,

que razão temos para amar
se o amor torna-se um redemoinho?,

qual a razão de estarmos aqui?,
tão distante do paraíso, em caminhos divididos,

eu vejo o amor entre as vegetações,
entre seus animais e suas paisagens deslumbrantes,
mas não sinto como vejo entre a semelhança da criação,

é uma triste construtividade humana,
é uma simples lágrima de criança
no desespero ao perde-la,

única, voraz e sedutora, vida,
quem ao menos diria que valeria vencer,
se toda vez que o espelho reflete as feridas que nós mesmos causamos,

e só por que já esta perdido antes mesmo do fim,
não poderia negar a si mesmo, pobre diabo que se matou,
em seu próprio sangue a verdade vomitou,

eu vivo sofrendo no seu sorriso,
e morrendo nas suas alegrias,
mas no meu ultimo suspiro saberei,
quem é o verdadeiro dono de cada vida.



LEANDRO OCSEMBERG

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