sábado, 12 de novembro de 2011

IGUALDADE





















Está ficando difícil,

o corpo sente o mesmo,
um coração, tão igual a tantos outros,

um barco em um oceano turbulento,
ondas e ventanias,

próximos as margens,

nós estamos o ferindo,
nós estamos nos desviando, mais e mais,

abandonado para o naufrágio
ferido magoado, fraco e cansado,

uma luz que cega e traz de volta
uma visão pura e verdadeira,

um caminho de sabedoria e vida
esquecido nas baladas,

está deixando mais fácil
um celular top de linha,
uma carteira abarrotada de dinheiro,

um carro luxuoso, um status,

mães que choram por seus filhos após meia noite,
corpos feridos jogados as calçadas,

disparos e atropelamentos
em meio a bebedeira de alegrias,

na falta de um abraço,
um amigo ao lado em frente ao caixão,

despedidas e suplicas pedindo justiça,
a mesma que negamos na sabedoria dos nossos julgamentos,

não, não é um favor,
é apenas uma necessidade,
a compaixão em erguer teu próximo
como um irmão e sorrir com tom de felicidade,

quando há amor com interesse
se você não cuida dele, ele te abandona,

mas o amor nunca te abandona
o sentimento verdadeiro, a criação suprema,

nós somos os mesmos, carne e sangue,
pele e ossos, mais do que um monte de ideias ou palavras,


a dor não é tudo o que temos.






LEANDRO OCSEMBEG

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