quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BOLHAS DE AR





















Entre o vento gelado
não me pergunte de novo,

segure minhas mãos,
nós temos que caminhar
sobre as flores que morrem,

eu estou ferido
e você estava bem ali,

no meu olhar,
no alcance de minhas mãos,

faça sua dor em alegria,
faça das mentiras a verdade,

quem disse que não se pode voar?

é um sonho lindo
dois mundos colidindo,

viver é belo e infinito
mesmo na dor dos espinhos,

não me pergunte de novo,
um coração precioso
sempre tem que funcionar,

nós precisamos aguentar,
é uma montanha feroz
na noite escura e solitária,

é uma escadaria inclinada
uma parede sem portas e janelas,

bolhas de ar,
eu estou sem nenhuma aqui,

e eu sempre esperei que você..

eu sempre esperei você em algum lugar.



LEANDRO OCSEMBERG

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