Veja o vento,
transparente como
o medo,
sinta o brilho dos
olhos
quando eles se
enchem perante você,
eu cutuco minha
dor
cascas de feridas
deixadas na
estrada,
não diga que é o
destino,
que através dos
erros aprendemos,
que esquecemos
para perdoar,
ela está sugando
tudo,
mas eu e você
continuamos,
em trapos úmidos
eu enxugo suas
lágrimas
e limpo o seu
rosto avermelhado,
como meus dedos se
encaixariam
perfeitamente
entrelaçados nos seus,
ela está sugando
tudo,
mas eu e você
continuamos,
continuamos em
nome do amor,
predestinados a
carregar consigo
sua armadura de
pele e ossos,
que se consome, e
se devora sozinha,
em uma cama de dor
sempre espera o
melhor,
um quarto escuro e
assombrado
no topo da árvore
de desejos
ao lado de
brinquedos de um parque iluminado,
ela está vindo com
seus truques
nos confrontar
diante de si mesmo,
não diga que é o
destino
lançarmos nosso
sangue,
uma reviravolta na
tempestade
para encontramos
uns aos outros,
onde eu e você
continuamos,
continuamos em
nome do amor.
LEANDRO OCSEMBERG
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