quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ENCRUZILHADA























São bolhas de sangue no céu,

são dias em que os dias são dias,
um novo dia para viver,

um medo para se manifestar de novo,

no olhar negro do sol
sua sombra se arrasta,
dentro das poças de suas lágrimas,

caminhos espinhosos
em montanhas de flores,
caminhos dolorosos
em castelos de dores,

meus olhos são a entrada da dor,
e de minhas mãos sai todo o poder
que transmite o horror,

eu estou observando as estrelas
mas elas não se movem,

no sorriso da morte
estou vivendo,
e levado a vida bem forte,

vida sedentária e rabiscada
em lençóis de barro negro,

em seu processo lento e duradouro
é uma incerteza de palavras ou
um simples prazer do desejo,

eu estou observando as estrelas
mas elas não se movem,
não são obras de minhas mãos,

eu tenho contado as estrelas
mas elas são milhares na escuridão.






LEANDRO OCSEMBERG

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