Dorme,
sonhe, sonhe agora,
e quando
você encontrar um outro alguém,
valei-me, na
voz silenciosa do olhar,
o que ficou
para traz, foram rios,
formados em
suas lembranças,
verso e
prosa de um sonho,
rima cantada
da poesia, do céu,
seja como
for, será como deverás?,
e quando
você lançar seu sorriso,
fazei-me, na
voz dos desabrigados,
enquanto tudo
é criado para ser destruído,
verso e
prosa de um sonho,
rima cantada
da poesia, do céu,
seja como
for, seja como a dor,
os ventos
trazem de volta mudando a paisagem,
velando todo
o sentimento sobre nós dois,
e quando
você abrir os seus olhos,
sinta-me, na
voz, sinta-me em silêncio,
dorme, sonhe
agora,
enquanto tudo
é criado para ser destruído,
seja como
for, seja com amor,
o universo
canta sobre nossas esperanças,
na voz
silenciosa, na voz do olhar que nos vigora.
LEANDRO
OCSEMBERG
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