sábado, 11 de agosto de 2012

VOZ DOS DESABRIGADOS






















Dorme, sonhe, sonhe agora,
e quando você encontrar um outro alguém,
valei-me, na voz silenciosa do olhar,

o que ficou para traz, foram rios,
formados em suas lembranças,

verso e prosa de um sonho,
rima cantada da poesia, do céu,
seja como for, será como deverás?,

e quando você lançar seu sorriso,
fazei-me, na voz dos desabrigados,
enquanto tudo é criado para ser destruído,

verso e prosa de um sonho,
rima cantada da poesia, do céu,
seja como for, seja como a dor,

os ventos trazem de volta mudando a paisagem,
velando todo o sentimento sobre nós dois,

e quando você abrir os seus olhos,
sinta-me, na voz, sinta-me em silêncio,

dorme, sonhe agora,
enquanto tudo é criado para ser destruído,
seja como for, seja com amor,

o universo canta sobre nossas esperanças,
na voz silenciosa, na voz do olhar que nos vigora.



LEANDRO OCSEMBERG

Nenhum comentário:

Postar um comentário