Hipnotizado,
fechem as
portas, silencie as palavras,
trancos e
barrancos servem de ajuda,
empurre-me,
vamos adiante,
é olho por
olho, dente por dente,
se acabarmos
caolho, não me julgue,
são mãos que
vejo na multidão,
vazias de
paz, solitárias de emoção,
entregado ao
descaso,
abram a
janela, ele chegará tarde esta noite,
medo e
solidão agora servem de armas contra si mesmo,
fechem as
portas,
silenciem os
sentimentos errados,
a dor agora
serve para nos mostrar nosso delírios,
é olho por
olho, dente por dente,
se acabarmos
caolho, não me julgue,
não me torne
igual a você, inconsequente,
algum dia, talvez
um dia,
ajoelhado assistindo
a minha própria execução,
eu saberei
sobre todos os valores perdidos,
são pés que
vejo nas multidões,
calçados de
dúvidas, calejados de esmolas,
é olho por
olho, dente por dente,
eu leio o contrato
desta pobre vida infeliz,
mas não
assino nas linhas evidentes.
LEANDR
OCSEMBERG
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