sábado, 25 de agosto de 2012

VIVENDO POR VIVER






















Eu respiro lentamente,
como se cada grão de vida valesse tudo o que tenho,
mas as feridas me cobram, me assustam,

me desenham como se cada vez que eu caísse
fosse mais uma prova de amor,
eu não nego,
não nego que me apaixonei pelo seu sorriso,

é como se cada vez que eu acordasse,
eu precisasse viver,
como se cada vez que chovesse
eu precisasse me banhar do seu sabor,

é como se eu não vivesse sem você,

os tolos se apaixonam,
os amantes se entregam,
os sábios apenas amam,

e eu estou amando você.

eu pago o tempo que vivo,
ele me cobra, me suborna,
me torna um homem velho
que ama como um menino,

mas eu não nego,
eu me apaixonei por você,
eu amo como ama um pobre menino,

eu me apaixonei,
eu me apaixonei pelo seu lindo sorriso.



LEANDRO OCSEMBERG

terça-feira, 21 de agosto de 2012

PRECISÃO






















Precisei sofrer
para entender que
nada é em vão,

prato de comida vazio,
arroz sem sal, manteiga sem pão,

precisei chorar
para entender que
o sentimento tem um motivo,

lágrimas de amor,
lágrimas de dor,
lágrimas por que estou vivo,

precisei questionar
para poder calcular onde devo me ver,
precisei rabiscar para poder montar
todo o sonho que eu sonhei em ter,

precisei do que preciso
como um grande quebra cabeça,
desatando nó, esparramando pó
como o eco de um grito no alto da ribanceira,

precisei perder
para poder ganhar
todo o mérito de uma vida,

precisei morrer para poder viver
as marcas precisas das minhas feridas.




LEANDRO OCSEMBERG

LÍNGUA PORTUGUESA






















Noites sem letras,
leve-me para escrever,
sem controle ou tinta,

perdi a língua deixada no tempo,
assassinada pela democracia,

palavras vivas, dentro de musicas,
palavras distorcidas nas linhas da poesia,
pintadas em quadros ou no olhar de uma menina,

pobre espirito inquieto,
não, não é assombração,
é falta de benção em tom de dialeto,

leve-me para sair,
perdi a língua deixada no tempo,
assassinada pela democracia,

eu nunca mais vou viver na rima,
perambulando pelas ruas nas cores das gírias,

eu quero ver as curvas das letras
onde haja tom romântico harmônico e intenso,
por que eu não tenho mais uma agenda mental,

lá se vai ele,
ele se vai, pobre espirito infeliz
nascido no ano de 1600,

triste, com saudades de casa,
feliz, lembrando do seu tempo,

eu nunca mais vou viver na rima,
perambulando pelas ruas nas cores das gírias,

língua sem dó, amarrada sem nó,
assassinada pela democracia.




LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 18 de agosto de 2012

MARCAS






















Noite escura,
se eu chorei,
é por que eu precisei de você por perto,

quantas vezes fiz do meu mundo os seus ombros,
e se eu estiver errado, as estrelas me mostraram ,

em sua jornada, solitárias no escuro abrangente da noite,
eu fiz dos seus olhos o meu caminho,

eu deixe minhas lágrimas a mostra
para que você pudesse me ver,
para que você soubesse que eu sentiria a sua falta,

dizem que o amor é para sempre,
quando não se desiste dele,
e isto que estou sentido, o que seria?,

se ele faz chorar,
se ele faz doer, é real,

a tanta coisa que eu nunca quis ter aprendido,
a tanta mentira que eu jamais queria ter ouvido,

apenas singelo como as folhas, sua pele,
seu perfume, e seu sorriso,
ainda são as marcas que eu carrego em mim,

eu deixe minhas lágrimas a mostra
para que você pudesse me ver,
para que você soubesse que eu sentiria a sua falta,

dizem que o amor é para sempre,
quando não se desiste dele,
quando ele nos faz acreditar que somos um só.



LEANDRO OCSEMBERG

NA CASA DO AMOR



























Há um motivo para isto,
mas você pouco se importa,
você disse que queria deixa-la livre,
mas você sempre a prende,

eu não sei se sou culpado para isso,
e você pode tentar de novo,
mas nunca será do mesmo jeito,

eu quero o que eu disse antes,
e se você não pode contra o vento,
então por que você tenta?, e tenta, e tenta..,

é tão simples quando estamos sozinhos,
é tão vulnerável quando queremos ir além,

em sua casa,  nas alturas perto dos sonhos,
o caminho vira para lá, vira para cá,
para cima , para baixo, até me cansar,

eu não sei se sou culpado para isso,
e você pode tentar de novo,
mas nunca será do mesmo jeito,

eu sento na calçada, e olho através da cerca que nos separa,
eu quero o que eu disse antes,
e se você não pode contra o vento..

você ainda persiste,
eu não sei se sou o culpado para isto,
se você tem medo, ou se gosta da solidão,

eu quero o que eu disse antes.




LEANDRO OCSEMBERG

DESCASO



















Hipnotizado,
fechem as portas, silencie as palavras,
trancos e barrancos servem de ajuda,

empurre-me, vamos adiante,
é olho por olho, dente por dente,
se acabarmos caolho, não me julgue,

são mãos que vejo na multidão,
vazias de paz, solitárias de emoção,

entregado ao descaso,
abram a janela, ele chegará tarde esta noite,
medo e solidão agora servem de armas contra si mesmo,

fechem as portas,
silenciem os sentimentos errados,
a dor agora serve para nos mostrar nosso delírios,

é olho por olho, dente por dente,
se acabarmos caolho, não me julgue,
não me torne igual a você, inconsequente,

algum dia, talvez um dia,
ajoelhado assistindo a minha própria execução,
eu saberei sobre todos os valores perdidos,

são pés que vejo nas multidões,
calçados de dúvidas, calejados de esmolas,

é olho por olho, dente por dente,
eu leio o contrato desta pobre vida infeliz,
mas não assino nas linhas evidentes.




LEANDR OCSEMBERG

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

FULGURAS DE AMOR


























Flores,
flores para viver,
eu estou a caminho do céu,
os anjos estão me esperando,

o que ficou para traz?,
alguém realmente se importou?,
ou apenas deixou se levar como a maioria,

as estrelas fulgem, elas clareiam o caminho,
eu já havida me desviado
dos seus abraços sufocantes como o mar,
eu já havida sentido o seu amor do tamanho do universo,

eu estou a caminho do céu,
e suas portas se abrem suavemente,
o que ficou de mim..
é tão pouco quando me lembro dos seus sorrisos,

eu ainda posso ouvi-la querida,
eu ainda ouço suas despedidas,
eu ainda posso sentir suas lágrimas tocando o seu rosto,

e se nós nos amamos,
nos amamos como se nunca tivéssemos amado,

as estrelas fulgem, elas clareiam o caminho,
os céus serão minha morada, serão o meu abrigo,

mas eu sei, de alguma forma
eu estarei vivo eternamente sem seu coração.



LEANDRO OCSEMBERG

SOMBRAS DA COMPAIXÃO






















Nós estamos assustados?,
o que é isto na dor?,
os pés não dão meia volta,

a felicidade está morta?,
então ela não é a única,

eu expulsei aqueles velhos espíritos imundos,
mas eles persistem quando você não esta aqui,

pare de jogar saliva fora,
a verdade se esconde toda vez
que você a procura onde ela não mora,

pare de sorrir,
você também chora,
mas não quer demonstrar suas feridas,

eu nunca conto para ninguém
quando me sinto mal, e não se vá agora,
o silêncio da guerra ri diante de nossa hora,

se o amor tem uma sombra,
onde está a sua luz?,

não sou eu quem acende as ideias,
ou o mundo tem dor própria?,
se não sou eu quem crio o suspiro,
e você ilumina a si mesmo sem brilho,

se o amor tem uma sombra,
onde mora a sua luz, onde deixei escapar
toda aquela certeza que se esconde no medo?,

a verdade se esconde toda vez
que você a procura onde ela não mora.


LEANDRO OCSEMBERG

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

NO CORAÇÃO


















Eu procurei alguma coisa,
eu estava perdido, fingindo que a dor
não fazia nenhum sentido,

eu esperei que o amor
viesse até aminha humilde casa,
eu era jovem, precisando de carinho,
agora sou velho querendo abrigo,

e se eu estava lá esperando,
se os erros vieram primeiro,
eu não queria chorar assim,

eu pintei um sonho lindo
sobre o sol que iria nascer,
mas algo veio antes e me tomou,

em meu coração,
as portas são destrancadas,
em minha razão
a vida é tudo ou nada,

eu desejei a felicidade
como os pássaros cantam sobre os galhos,
e o riacho que leva a minha dúvida, se foi,

eu procurei alguma coisa,
eu estava perdido, fingindo que a dor
não fazia nenhum sentido,


em meu coração,
as portas são destrancadas,
em minha razão
a vida é tudo ou nada,

vivo pelo simples desejo de viver e saber
que vivendo vou aprendendo a aprender.



LEANDRO OCSEMBERG

COMBUSTÃO INFERNAL






















Segure o sol,
ele irá se vingar,

arrogância, ignorância, desprezo e injurias,
nós estamos armados até os dentes,

através do seu olhar vermelho,
minha pele está sofrendo,
engatando os erros em altas marchas
na velocidade que se perde tempo,

pare o sol,
ele irá se vingar,
palavras, por atitudes,
seu olhar vermelho em plena ferrugem,
sim as razões estão paradas esperado sua vez,

superioridade, diplomas de morte,
eu acho que sei mas que um rato,

eu sou obediente mais que um cachorro,
deita, rola, fingir-se de morto,
na hora de comer, sabor de desgosto,
nós estamos todos armados,

pare o sol,
ele vai ferir a minha pele
eu vou me deitar sem mover um dedo,
pare o sol,
sua combustão alimenta cães assassinos
e da sentido nos traços dos pesadelos,

seu eu mandar tomar no escuro,
seu eu mandar para o inferno,
nada irá mudar, parem o sol, ou ele irá nos parar.


LEANDRO OCSEMBERG

terça-feira, 14 de agosto de 2012

VIDA, INOCENTE PURA VIDA


















Tenho saudades
de quando a vida era pura,
não existia casa, não existia carro,
não havia asfalto nas ruas,

tenho saudade
de quando a floresta nascia verde,
sem maquinas para derruba-las,
somente as raízes e as sementes,

tenho saudade
do riacho de águas cristalinas
sem nenhum poluente,

tenho saudades
das noites e suas paisagens envolventes,
do olhar cintilante da lua,
do calor do sol em sua brandura,
do dia que não nasce doente,

tenho saudades
dentro de sentimentos de infâmia,
sou adulto, que vive de luto
pela natureza sem esperança,

tenho saudades
de quando não havia doenças
e toda mentira era só imaginação,

tenho saudades
de quando a vida sorria, pura no ar,
inocente sem a nossa intromissão.



LEANDRO OCSEMBERG

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O AMOR MACHUCA





















Dor sem lesão,
tristeza doce amarga e alegre,

peço-lhe que olhe nos meus olhos,
meu coração não é forte,
uma ou duas vezes, não importa,
queremos ser diferentes,

como a tempestade que não seja apresentada,
ou como o sol que brilha a luz acesa sem aviso prévio,
combustão latente na pele que tanto é esperada,
eu aprendi, o amor machuca,

uma ou duas vezes, não importa,
queremos ser diferentes,
como o arco-íris e as suas cores,
ou como o mar e suas ondas,

sem marcas, ou memórias,
assim como a história de um final feliz,
apenas um sentimento, apenas um desejo a mais,

como nossos medos de infância,
ou o sorriso de uma criança,

um sonho de felicidade, desejando alegria pura,
queremos ser diferentes, mais interessantes,
sorrindo na cicatriz de orgulho,

jovem ou velho, não importa,
eu aprendi completamente, o amor machuca.



LEANDRO  OCSEMBERG

sábado, 11 de agosto de 2012

VOZ DOS DESABRIGADOS






















Dorme, sonhe, sonhe agora,
e quando você encontrar um outro alguém,
valei-me, na voz silenciosa do olhar,

o que ficou para traz, foram rios,
formados em suas lembranças,

verso e prosa de um sonho,
rima cantada da poesia, do céu,
seja como for, será como deverás?,

e quando você lançar seu sorriso,
fazei-me, na voz dos desabrigados,
enquanto tudo é criado para ser destruído,

verso e prosa de um sonho,
rima cantada da poesia, do céu,
seja como for, seja como a dor,

os ventos trazem de volta mudando a paisagem,
velando todo o sentimento sobre nós dois,

e quando você abrir os seus olhos,
sinta-me, na voz, sinta-me em silêncio,

dorme, sonhe agora,
enquanto tudo é criado para ser destruído,
seja como for, seja com amor,

o universo canta sobre nossas esperanças,
na voz silenciosa, na voz do olhar que nos vigora.



LEANDRO OCSEMBERG

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CARÊNCIA



























Vivo ao alcance do seu olhar,
ele parece me tomar na noite,
deixando o suspiro escapar, tão forte,

não há distância entre nossas peles,
é isto o que te fere?, é este o seu orgulho?,

eu cai nas linhas de suas mãos
é um doce sabor que sinto,

eu procurei entre o prazer e a dor,
não há distância entre nossos desejos,

esparramado por toda parte,
você olha, você deseja, você suspira mais,

você entende o que é amar
quando a solidão te assombra como um ladrão na noite,

eu procurei entre o prazer e a dor,
não há distância entre o nossos corações,

dentro da escuridão,
o silêncio fala e você sabe o que é isto,

quando suas vontades despertam,
e você deixa escapar pela pele carente de toque,

esparramado por toda parte,
eu procurei entre o prazer e a dor,

você percebe o que é amar
quando a solidão te assombra como um ladrão na noite.



LEANDRO OCSEMBERG

BRINCANDO COM O AMOR





















Ela se foi batendo a porta,
deixando para traz sonhos,
como se nada tivesse acontecido,
de tudo o que aconteceu abaixo das estrelas,

eu estava feliz, aceitando todos os seus erros,
eu nunca acreditei em perfeição,

mas todas as pedras atiradas mudavam de tamanho,
e transformavam o curso de nossa emoção,

em minha vida, tropeços vazios,

quando o amor não é importante,
tudo o que resta é brincar com os sentimentos,

o que ela me deu, eu esparramei de volta,
cada detalhe era um sinal de que tudo acabaria bem,
e eu naturalmente, ganhei um chute no olho ao final do dia,

eu procurei o amor,
e o amor me encontrou sozinho,

mas todas as pedras atiradas mudavam de tamanho,
e transformavam o curso de nossa emoção,

em minha vida, tropeços vazios,

quando o amor não é importante,
tudo o que resta é brincar com os sentimentos,

e eu naturalmente, ganhei um chute no olho ao final do dia.




LEANDRO OCSEMBERG












EU SOU O DEMÔNIO























Pinturas em sangue,

o artista esta filosofando,
esta tudo certo, uma obra humana,

rostos marcados, o sol esta queimando,
labaredas de prazer e dor,
oferecendo  doses de doenças
assim como você oferece,

eu sou o demônio,
desviando a verdade por rios reluzentes,
ouro e prata, champanhe e vinho,
carruagens blindadas, cetim e linho,

em lágrimas secas você se entrega,
polemicas, é esta a minha festa,
quando você esta lá, eu vivo em seu desprezo,

enquanto você acha, eu dou a certeza,
eu sou o demônio, de sua tristeza sou o causador,

miséria e pobreza, arrogância e pudor,
são meus emblemas e você o portador,

tão humano e carente, você se diz,
troca os sentimentos puro para mostrar que é feliz,

você é meu, você sou eu, toda vez que despreza o seu igual,

eu sou o demônio, assuma quem você é,
eu sou o demônio, sou humano, sou um animal.



LEANDRO OCSEMBERG



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ACENANDO SAUDADE




















Dance estrela,

perdida na escuridão,
imenso céu de desejos
no olhar traçado nas palmas das mãos,

em cada nuvem,
em vez de sonhar, um salto,
como aquela velha canção,

nós estaremos juntos,
enquanto a memória sente a sua falta,
eu estarei bem em algum lugar do céu,

toda noite,
quando você arranha a porta,
o vento faz o sinal dos tempos,

o seu olhar canta suavemente,

cante para mim,
eu não me importo
quanto tempo vou esperar,

em cada nuvem,
em vez de sonhar, um salto,
como aquela velha canção,

nós estaremos juntos de novo,
eu não deixei você escapar de mim facilmente,

eu estarei bem em algum lugar no céu,
toda vez que você o olhar
e me ver em cada estrela que nele habita.




LEANDRO OCSEMBERG

LUZ DO PRAZER



























Timidez,

sou humano e preciso ser amado,
por que você vem aqui?, e sem vem,
me deixa sempre calado,

meu olhar particular
esta avistando curvas, sinuosas por natureza,
criminosamente excitante em sua beleza,
sou humano e preciso ser amado,

tão vivo e tão jovem
é o desejo flutuante,

me leve para voar,
me leve para sonhar,
sou humano e preciso de afagos,

meus pensamentos profundos,
eu nunca mais quero voltar para casa,
eu não quero voltar para casa sozinho,

eu quero ver estas luzes,
são como as estrelas, ou o frio do inverno,
envenenado, sem calor algum, só esboço,

sou humano, amante apaixonado,
sou homem, sou garoto,  preciso ser amado.




LEANDRO OCSEMBERG

VIDA MISERÁVEL

























Ela estava feliz dormindo,

eu procurei um motivo para os sonhos,
e os sonhos me deram um motivo,

na distância entre o sol e a lua,

vida miserável,
sou julgado, condenado
por pessoas que nem se importam
se a vida esta viva ou morta,

ela acordou chorando,
o pesadelo é real, o inferno é aqui
e os demônios fazem chover no quintal,

vida miserável,
a engrenagem sentimental
está enferrujada e desprezada,

eu procurei um sorriso,
eu encontrei a tristeza em lábios secos
por pessoas que nem se importam
se a vida esta viva ou morta,

vida miserável,
se torna vida só quando sinto a dor da ferida
por pessoas que não se importam
se as flores são de cetim ou de plástico,

o pesadelo é real, o inferno é aqui,
vida miserável que sonha em ser feliz,

seu tempo é desperdiçado
e compensado por fardos de mentiras e dor.



LEANDRO OCSEMBERG

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

GAROTA ESPACIAL























Solidão mutua,

eu sairia esta noite,
se eu não fosse um pobretão qualquer,

como a sujeira nunca sabe o seu lugar,
ela ocupa o vago das minhas vistas,
eu sairia esta noite,
se eu fosse tudo o que ela queria,

pobre garoto,
é terrível amar sem amar como ama o amor,

ela olha sabendo sobre estas coisas,
sentimentos verdadeiros, joias e alianças,
coisas que ela vive a se preocupar,

pobre garoto,
é terrível amar sem amar como  ama o amor,

sem um  sorriso para estampar o rosto,
o sorriso borrado guardado no armário,
para manifestar este desejo, pele sobre pele,

como a sujeira nunca sabe o seu lugar,
ela ocupa o vago das minhas vistas,

eu sairia esta noite,
os trapos que me vestem, vestem somente a vergonha,

ela olha sabendo sobre estas coisas,
sentimentos verdadeiros, joias e alianças,
coisas que ela vive a se preocupar,

pobre garoto,
é terrível amar sem amar como  ama o amor,
e observar seu sorriso do banco de passageiros.


LEANDRO OCSEMBERG

DAMA DA NOITE
























Lágrimas nas estrelas,

o céu está estranho,
em minha vida, sua presença é despercebida,

outra batida assustada, e ele dispara,
procurando o olhar da dama da noite,
para cair no seu perfume embriagante,

em minha vida, sua presença é despercebida,

se o amor vai embora,
ele volta, bate a porta,
só para dizer que esta feliz em outro olhar,
isto parecia ser comigo ontem a noite,

o céu esta estranho,
em minha vida, sim em minha vida,
a cada batida assustada e perdida,

querendo seu toque, precisando
sentir outra vez este suspiro,

o céu esta estranho,
mergulhado em profundo abismo,

se o amor vai embora,
ele volta, bate a porta,
só para mostrar todos os meu erros,

isto parecia ser comigo ontem a noite,
isto parece estar em minha vida até o amanhecer.



LEANDRO OCSEMBERG