Dentro do silêncio,
um buraco em minha
mente,
desfiando minha
pele nas navalhas
que me cercam
presas nas cabeças de olhares cegos,
a imagem de um
deus,
em barro e gesso
em seu altar de madeira,
em ferro e bronze
o brilho da cegueira,
nossas suplicas
são como o vento,
o enganador, nosso
próprio eu no espelho,
então não diga que
o diabo inventou a dor,
não deseje o amor
que você nega há si mesmo,
não plante há
esperança
ela não te
alcançará se você continuar mendigando sentimentos,
uma certeza?,
nossas duvidas,
por que toda
duvida é certa nas mãos,
uma razão?, o
amor,
por que é dele que
somos feitos,
assim como as
lágrimas são plantadas e depois colhidas,
é todo o prazer
que carregamos na bagagem de nossas vidas,
no espelho que
brilha no escuro,
o reflexo de mim
mesmo nos seus olhos,
sem surpresas nas
horas tediosas,
sem surpresas nas
horas milagrosas,
não há nenhum
senhor abaixo das nuvens,
não há fúria em
nossas almas e sim
apenas um racunho
de ferrugem,
o céu e o inferno
estão apenas desenhados em nossas mentes,
o céu e o inferno
são artimanhas de nossas mentes.
LEANDRO OCSEMBERG
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