Há um caminho
entre nós,
uma calmaria no
percurso das águas,
nas linhas
desabitadas de nossas mãos,
uma vida vivida,
em palavras foi depredada,
há um fantasma na
floresta,
e ele está
derrubando árvores,
em seu sorriso, é
apenas um prazer,
sua fantasia, é um
medo de nunca vencer,
há uma sombra no
espelho,
sem valor quando
se vê no reflexo,
uma figura
feminina, linda por natureza,
mas tão feia em
suas virtudes, tão fraca de pureza,
na neblina do
amanhecer,
o ar está fugindo
pelas folhas,
um lugar de paz,
abrindo espaço
para as guerras urbanas,
um lugar de paz e
felicidade destruído pela imundice humana,
humanos, tão
complicados, tão estranhos,
um animal
irracional e perigoso,
tão incapaz de
entender a paz
seus desejos são
apenas desgostos,
por amor, ele
entrega tudo,
e na hora que os
dedos da morte o toca
ele foge, chora e
implora por uma salvação,
salvação que ele
mesmo destrói com suas guerras,
é só um lugar de
paz, e não um campo de batalha,
uma floresta cheia
de vida, que se queima em brasa,
um minuto para
pensar, é um segundo destruído nas folhas,
um fantasma na
floresta, vagante e solitário,
é apenas um lugar
de paz próximo ao rio,
rio de vidas
abundantes, e sua fauna intrigante,
que nos foi dado
por acaso.
LEANDRO OCSEMBERG
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