sábado, 28 de janeiro de 2012

O FANTASMA NA FLORESTA



















Há um caminho entre nós,

uma calmaria no percurso das águas,

nas linhas desabitadas de nossas mãos,
uma vida vivida, em palavras foi depredada,

há um fantasma na floresta,
e ele está derrubando árvores,

em seu sorriso, é apenas um prazer,
sua fantasia, é um medo de nunca vencer,

há uma sombra no espelho,
sem valor quando se vê no reflexo,

uma figura feminina, linda por natureza,
mas tão feia em suas virtudes, tão fraca de pureza,

na neblina do amanhecer,
o ar está fugindo pelas folhas,

um lugar de paz,
abrindo espaço para as guerras urbanas,
um lugar de paz e felicidade destruído pela imundice humana,

humanos, tão complicados, tão estranhos,
um animal irracional e perigoso,

tão incapaz de entender a paz
seus desejos são apenas desgostos,

por amor, ele entrega tudo,
e na hora que os dedos da morte o toca
ele foge, chora e implora por uma salvação,

salvação que ele mesmo destrói com suas guerras,

é só um lugar de paz, e não um campo de batalha,
uma floresta cheia de vida, que se queima em brasa,

um minuto para pensar, é um segundo destruído nas folhas,
um fantasma na floresta, vagante e solitário,

é apenas um lugar de paz próximo ao rio,
rio de vidas abundantes, e sua fauna intrigante,

que nos foi dado por acaso.





LEANDRO OCSEMBERG

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