quinta-feira, 25 de outubro de 2012

UM DEUS SEM CARÁTER























Vivo sem raízes de expectativas,
outro contraste na luz, mais uma falsidade inventada,
é longe da sombra que vejo meus medos nas ciladas,

outro embate na luz,
é muito fácil preterir,
é muito fácil iludir,

rabiscado no epílogo trágico,
lavrado em campos imaginários,
nos truques de um deus sem rosto,

dramas e desventuras humanas,
estou totalmente sem nenhum no olhar,
aos poucos descobrindo em mim mesmo a dor,

minha vida está no rosto de alguém,
quando a musica acaba, é lá que tudo começa,
você quebra um coração e tenta refaze-lo,
nos truques de um deus sem rosto,

é muito fácil fingir,
é muito fácil dizer certas palavras,
é muito fácil criar indignação para trazer de volta
tudo aquilo que sempre quisemos,

agora fecho os meus olhos alagados
que corrompem minhas mãos sem vida,
o amor uma vez já foi tão vivo,

acendam suas velas, rezem suas preces,
eu não invento o por que,
o amor já foi tão vivo,
mas esvaeceu imprudente,

é um recreio humano
tudo aquilo que sempre quisemos.



LEANDRO OCSEMBERG

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