Deixe-me,
a sós de mim
mesmo,
as lágrimas
querem falar
o que os
lábios não podem traduzir,
sua voz
timbra solidão
cativada em
pudor e desprezo,
e na imagem
do abandono
resta-me,
seu olhar em silêncio,
em tediosa ansiedade,
a terra estremece-me,
sem
estrutura em meu íntimo,
ao cântico de
verbera natureza,
repugnante de
sua frieza,
és abrangedora
noite em frio,
desatinado como
os ventos
em sua cilada
de ardor,
solitário ao
ar vagante como pétala de flor,
fazes de
mim, queda livre se fim
nos riachos
de seu amor.
LEANDRO
OCSEMBERG
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