quinta-feira, 4 de outubro de 2012

NO OLHAR DO POETA






















Em meus olhos,
você surge como um sonho,
na correnteza do riacho
eu ouço o seu canto,
o toque de suas mãos vem no vento
lentamente em meu rosto afago,

toque-me, toque-me,
tão intimamente o quanto eu vivo,
em sua nudez,
eu vago pelos canções mais absurdas,
em seu encanto acalanto eu me desvio,

como cada estrela intensa,
és uma baliza, avesso ou prosa de poesia
que desatina em minhas míseras obsessões,  

doce inspiração de perversa alienação,
tão densa de anseios, em abismos de atração,


toque-me, toque-me,
eu posso ter mais,
não é um sonho
minha concepção de indigências,

és uma límpida e cristalina lágrima no olhar do poeta,
borrando as linhas da poesia e suas arestas.



LEANDRO OCSEMBERG 

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