sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O ANJO SALVADOR II






















Enquanto minha espada
bailava pelo ar, reluzente,
seu olhar  me tem no infinito,

em meu corpo,
abluído em prole,
minhas mãos brandiam sua confiança,

as vezes,
todas as nossas lamentações estão disparadas,
assim como a dúvida brilha no olhar,
toda a dor desperta de sono profundo,

há algo que sinto no vento,
entre as nuvens se abortando,
meu espirito parte abarcando sombras de temores,

mil noites de fogo,
sua comiseração cai em mim,
sobre minhas aflições e meus ferimentos,

no arbusto de vida insuficiente,
sua pretensão abordará, nos alterando pela passagem,
caído ao léu da amnésia,
seu anjo correspondente, estenderás as mãos,
socorrista de nossa mortificação,

sua luz nascerá entre relampejares
cintilando em nossas faces,
atingindo em nosso espírito falido
como a última benção a nos ser dada.



LEANDRO OCSEMBERG

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